Todo organismo vivo da natureza, seres humanos e todas as espécies vivas são munidas de mecanismos sofisticados de sobrevivência. Graças a esses mecanismos, conseguimos subsistir em um ambiente que nos coloca diante de novos desafios por meio de condições internas e externas em constante mudança.
Desses mecanismos, os mais eficazes para a adaptação às diferentes condições de vida são inatos, a todo organismo. Desta forma, somos capazes de superarmos situações diversas.
Quando essa capacidade de adaptação apresenta deficiências, é necessário encontrar uma possibilidade de auxiliar os processos inatos e naturais de adaptação, para que eles voltem a funcionar melhor.
Diante de um bullying – dependendo da percepção frente ao ato – pode ser visto por reprovação, desafio ou motivação.
O bullying, uma palavra de origem inglesa bully que designa atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo que não é aceito por um grupo, surgiu na Noruega, na década de 80.
O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega.
A necessidade do outro se vangloriar de um ato que gera dor em um ser humano vem carregado de uma cultura, crenças e doutrinas que nos leva a acreditar que um lado está certo e o outro errado, como se fôssemos capazes de vivermos isolados um dos outros.
E essa desconstrução da construção universal e una nos leva a dor e sofrimento.
Somos reflexos de percepções distorcidas de uma realidade una que passa a ser dual ao olhar de cada um de nós, criando conceitos paralelos da realidade que nos obriga a sermos tendenciosos para um lado ou para o outro.
A pessoa que sofre o bullying pode despertar – após ter vivido a experiência da violência – um mecanismo interno de proteção e fuga da realidade para evitar a dor de ser ferido novamente. Desta forma, vive se defendendo do mundo como se estivesse sendo ameaçado constantemente.
O cérebro aciona gatilhos para se preparar para o próximo ataque devido ao medo antecipativo de que algo possa acontecer, e isso gera desgaste no corpo físico e mental.
Cuide-se, respire mais, beba mais água e reequilibre seu corpo e sua mente. Cada um expressa suas percepções em forma de alegria, medo, raiva ou tristeza. Isso não diz respeito a você, é apenas a experiência do outro manifestada.
O acolhimento ao ser vivo resgata a vitalidade obliterada pelos anseios e reintegra o ser a sociedade.
Patrícia Rabêlo Bogéa de Matos
Fisioterapeuta
Esp. Microfisioterapia, Leitura Biológica, Terapia Manual, Terapia Crânio Sacral e Psych-k