Vacina Sputnik V deve chegar em julho ao Maranhão

Governador Flávio Dino fez o anúncio após renegociação do contrato entre os estados do Nordeste e o Fundo Russo de Investimento Direto.

Fonte: Redação

As primeiras doses da vacina Sputnik V contra a Covid-19 estão previstas para chegar ao Brasil no mês de julho, de acordo com o governador do Maranhão, Flávio Dino, após uma renegociação do contrato assinado entre os estados do Nordeste e o Fundo Russo de Investimento Direto, responsável pelo desenvolvimento do imunizante.

No momento, governadores descartam ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar aumentar a quantidade a ser importada. A decisão, segundo Dino, foi tomada nesse sábado (5), durante reunião dos governadores das regiões Nordeste e Norte, marcada após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizar a importação, sob condições controladas, de 928 mil doses do imunizante.

“O primeiro passo é sentar para uma reunião com os russos para fazer uma revisão do contrato. A Anvisa colocou condições que não estavam previstas no acordo, então precisamos adequar”, afirmou à CNN o governador do Maranhão, Flávio Dino.

O Consórcio de Estados do Nordeste assinou, em março, contrato por 37 milhões de doses da Sputnik V. “O contrato precisa ser readequado ao quantitativo que a Anvisa estabeleceu. E neste momento, não iremos ao STF para aumentar o número de doses autorizado”, garantiu.

A Anvisa decidiu nesta sexta-feira (4) liberar a importação da Sputnik V e da Covaxin, vacina indiana contra covid-19, mas colocou 22 condições para liberação. Além da quantidade limitada autorizada a chegar no Brasil, a agência estabeleceu grupos de pessoas que não podem receber o imunizante,  determinou que as doses que chegarem ao país passem por análise do Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS) e demandou que estados e Ministério da Saúde esclareçam a eficácia e segurança.

Para o governador do Maranhão, que é presidente do Consórcio Amazônia Legal, não é o momento de os estados irem ao STF para tentar aumentar a quantidade de imunizantes que poderão chegar ao Brasil. “O primeiro pedido foi rejeitado, e agora aprovado sob algumas condições, então a Anvisa recuou. A decisão que tomamos hoje foi de cumprir cada uma das exigências da agência e não judicializar o assunto por enquanto”, afirmou Flávio Dino.

Em relação ao imunizante russo, a quantidade de doses será restrita a 1% da população de cada um dos seis estados solicitantes: Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí.

Na segunda-feira, há expectativa de outra reunião entre os governadores, com representantes da Anvisa e do fundo soberano russo para definir os próximos passos.

Eis a quantidade que cada Estado poderá importar, a princípio:

  • Bahia – 300 mil doses.
  • Maranhão – 141 mil doses.
  • Sergipe – 46 mil doses.
  • Ceará – 183 mil doses.
  • Pernambuco – 192 mil doses.
  • Piauí – 66 mil doses.
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