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Jurados negam pedido da defesa por nova perícia no celular de Mariana Costa

Os sete jurados, duas mulheres e cinco homens, negaram a solicitação, após reunião de 30 minutos em sala secreta.

Fonte: Aidê Rocha

Na tarde dessa quinta-feira (1º), o advogado de Lucas Porto, Ricardo Ponzetto, solicitou que fosse realizada uma nova perícia no celular de Mariana Costa, visando, conforme ele, a possibilidade de constar algo que trouxesse a verdade. O pedido foi feito durante o depoimento da sexta testemunha, o analista de sistemas Felipe André, assistente técnico trazido pela defesa do réu, que analisou o celular usado por Porto.

“Estou requerendo para que consultem os jurados, ainda que seja por votação secreta, para que eles não externem sua vontade, se eles desejam a perícia, que tem equipamentos necessários para realizar a quebra da senha e replicação das mensagens deletadas, e é necessária para conhecimento da verdade”, pontuou Ponzentto.

Leia mais: Lucas Porto pode pegar pena máxima de 42 anos de prisão

A solicitação foi definida pelo Ministério Público como mais uma manobra para adiar o julgamento. O promotor Marcos Aurélio explicou que a questão foi submetida a julgamento perante o Tribunal de Justiça, que entendeu que a perícia realizada já era suficiente.

Após cerca de 30 minutos em uma sala secreta, os sete jurados, duas mulheres e cinco homens, retornaram ao plenário e por maioria dos votos negaram o pedido de perícia feito pela defesa.

TÉCNICO DISSE NÃO ENCONTRAR NADA QUE INOCENTASSE LUCAS

Durante o testemunho, ao ser questionado pelo promotor Marcos Aurélio, o analista de sistemas Felipe André, arrolado pela defesa do réu, informou que durante a inspeção feita no aparelho celular de Lucas, não encontrou nada que o inocentasse.

Ao promotor, ele disse ter sido contratado pela família de Porto para que localizasse algo no celular que conseguisse provar que o empresário não tinha relação com a morte de Mariana.

MAIS TRÊS TESTEMUNHAS DA DEFESA OUVIDAS

Ainda durante a tarde do segundo dia de julgamento, três testemunhas, que integram os assistentes técnicos da defesa, foram ouvidas. São elas: o especialista em audiovisual, Ricardo Caires; o médico psiquiatra Antônio José Eça; e a psicóloga Evelyn Ribeiro Lindholm.

Durante o depoimento desta última, ficaram presentes no auditório somente os advogados de defesa, o Ministério Público e os assistentes de acusação, juiz e jurados, em razão de partes do conteúdo citado estarem em segredo Justiça.

A psicóloga, vale destacar, faz o acompanhamento de Lucas Porto desde a época do crime, inclusive com atendimentos semanais na penitenciária na qual ele está custodiado.

O juiz José Ribamar Goulart Heluy Júnior, que preside o júri do acusado Lucas Porto, suspendeu a sessão por volta das 19h, após o depoimento da nona testemunha. A sessão será retomada nesta sexta-feira (2), às 8h30.

Relembre o caso

Filha do ex-deputado Sarney Neto, Mariana Costa era sobrinha-neta do ex-presidente da República José Sarney, e foi encontrada morta no apartamento onde morava, no bairro Turu, em São Luís. As investigações da Polícia Civil apontaram que ela foi estuprada e morta por asfixia.

Lucas Porto foi preso e confessou o crime que teria sido motivado por uma atração que ele sentia por Mariana. O acusado segue preso no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde responde pelos crimes de estupro, homicídio e feminicídio.

Após a morte da publicitária, a família de Mariana Costa criou o projeto ‘Somos Todos Mariana’, que ajuda no combate ao feminicídio no Maranhão. A iniciativa leva, para bairros e escolas, palestras que alertam sobre a importância da mobilização contra casos de violência contra mulheres.

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