Foi durante a oficina do programa estadual Subsidiando a Construção dos Planos Municipais de Geração de Trabalho e Renda no município de Humberto de Campos, a 153 km de São Luís, que a equipe técnica da Secretaria de Estado de Trabalho e da Economia Solidária (Setres), em diálogo com moradores antigos da cidade, sobre os aspectos socioeconômicos, culturais e fatos históricos do município, começou a identificar uma verdadeira descoberta histórica. Uma aeronave de guerra dos Estados Unidos da América (EUA), que caiu, há 78 anos, durante a II Grande Guerra e está submersa na Baía do Tubarão, no município.
Trata-se do Bombardeiro B-25D que, na queda, vitimou, fatalmente, 6 militares norte-americanos, em 1943. A aeronave integrava a rota África/Brasil na II Guerra Mundial e seguia para o norte da África, onde participaria de confrontos da guerra.
Com essas informações, um dos integrantes da equipe técnica da Setres, o escritor Wellington Matos, fez contato com o Departamento de Forças Armadas dos Estados Unidos, (U.S. Army Air forces War Department), quando teve a confirmação do ocorrido histórico.
Em seguida, em parceria com a Prefeitura de Humberto de Campos, e participação de pescadores experientes, conhecedores da região, Wellington Matos, estudioso do assunto, municiado de GPS, detectores de metal, sensor de batimetria, dentre outros equipamentos, coordenou as atividades de busca dos vestígios da aeronave, na Baía do Tubarão, onde, com total êxito, localizaram a primeira parte do bombardeiro, seu trem de pouso, pesando aproximadamente 5 toneladas.
Novas operações serão realizadas em vista do resgate total da aeronave, devendo ser essa iniciativa objeto de estímulo à criação de um Museu Histórico de Humberto de Campos, como mais um fato histórico importante e significativo da rica história do município e de seu povo, terra natal de um dos mais importantes escritores brasileiros, personalidade literária que empresta nome à cidade.
“A queda do Bombardeiro B-25D, durante a II Guerra Mundial, é um caso de um acidente que estava afundado na história. Era de conhecimento de alguns moradores, de forma superficial, mas não havia uma correlação do que se tratava, ou sua finalidade”, explica Wellington Matos, um dos responsáveis por esta descoberta.