“Diferente do que foi divulgado por algum interessado em denegrir a imagem do Porto São Luís, o mesmo não fracassou, e será construído em São Luís com um novo projeto, ainda melhor e mais eficaz que o projeto inicial”. Essa afirmação foi feita pelo novo presidente do Terminal de Uso Privado Porto São Luís S.A, Helder Dantas, que é também diretor executivo na América do Sul da CCCC, empresa chinesa que é a acionista majoritária do projeto, com 51% de participação.
A CCCC é uma gigante global e um dos maiores conglomerados de infraestrutura do mundo, com faturamento anual da ordem de US$ 90 bilhões e com presença em mais de 140 países. “É inadmissível que um projeto com essas características não seja viável: localização geográfica única e privilegiada como a Baía de São Marcos com seu calado elevado, além do aumento das demandas logísticas da região do Matopiba. Em especial agora, num momento em que o Maranhão precisa acelerar sua economia em resposta à crise imposta pela atual pandemia, o Porto São Luís nunca foi tão estratégico e vital como um futuro indutor de desenvolvimento para o Maranhão”, ressaltou Helder Dantas.
Ele justificou o grande atraso do porto devido a diversos fatores, que infelizmente são comuns no Brasil em projetos complexos como esse; tais como burocracia na obtenção de licenças, autorizações e permissões junto aos órgãos públicos nas diversas esferas de governo, questões fundiárias, alterações cambiais e também novas oportunidades como mudanças significativas no agronegócio no país e no mundo.
Helder reafirmou que o Porto São Luis é estratégico para a CCCC no Brasil, tanto que escritórios do projeto continuam trabalhando em São Paulo, assim como toda a equipe baseada na capital maranhense:
“Mantemos as equipes do Porto São Luís ativas, com mais de 120 postos de trabalho. Essas equipes executam atividades de implantação e manutenção da infraestrutura do porto, monitoramento ambiental, sistemas de controle, vigilância entre outras ações que nunca pararam. No final de 2020 tivemos essa mudança na Diretoria, o que trouxe novos profissionais com longa trajetória em projetos de infraestrutura e ampla experiência no desenvolvimento de negócios no Maranhão, além de empresas estrangeiras. Todos somando habilidades necessárias para alavancar um projeto tão complexo como esse”, esclareceu Helder Dantas.
“Os acionistas seguem comprometidos com a implantação desse projeto que está ainda maior e melhor após sucessivas revisões. Ele será responsável não apenas pela geração de empregos diretos e indiretos no Estado, assim como irá acelerar o desenvolvimento do país, reforçando a vocação natural da baía de São Marcos como um dos principais complexos portuários do mundo, que será relevante para apoiar o crescimento da região, reduzindo o preço do frete e ofertando maior eficiência operacional”, completou Dantas.
O novo presidente disse que o Porto São Luís nunca parou e segue desenvolvendo diversas ações sociais relevantes, que contemplam sete comunidades da região do seu entorno: Cajueiro, Mãe Chica, Vila Maranhão, Porto Grande, Sítio São Benedito, Rio dos Cachorros e Taim.
“Mesmo com as restrições impostas pela atual pandemia, foram realizadas ações como criação de área de recreação; promoção de cursos de capacitação e consultas médicas; doação de máscaras e álcool em gel para as pessoas dessas comunidades, além da realização de palestras educativas visando a proteção da comunidade contra o novo coronavírus”, frisou.
Outra ação em andamento é a construção, pelo Porto, da delegacia de Polícia Civil e unidade da Polícia Militar, no Km 7 da BR135, na Vila Maranhão, que está em fase final de aprovação pela Prefeitura de São Luís. Essa ação, que faz parte da contrapartida do projeto, vai propiciar maior segurança para as comunidades e criar um ponto estratégico para a inteligência das duas polícias e da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Além dessa ação, há ainda o compromisso da construção, pelo Porto, de posto de saúde, escola e creche naquela região. “O Porto São Luís vai gerar mais de 2.500 empregos diretos e cerca de 7.500 indiretos durante o período da sua construção; e mais de 850 empregos diretos e 3.400 indiretos durante a fase de operação. Trata-se de um projeto de mais de R$ 3 bilhões em investimentos, que beneficiará tanto a população maranhense, quanto a infraestrutura brasileira em geral”, frisou Helder Dantas.
O TUP Porto São Luís conta com localização privilegiada na Baía de São Marcos, em uma área de 2 milhões e 580 mil metros quadrados de cais, com 950m de extensão e cerca de 1.900 metros de cais acostável e apto a receber diversos navios simultaneamente. Conta ainda com uma área de 1 milhão e 400 mil metros quadrados para a formação de pátio para a recepção de diversos tipos de cargas. Apresenta fortes vantagens competitivas com calado de 18,5m e a possibilidade de receber navios de 180.000 toneladas sem necessidade de dragagem.
Para o professor e pesquisador da Ufma da área de gestão e logística portuária, Sérgio Cutrim, o TUP Porto São Luís é um player importante entre os demais do Complexo Portuário do Maranhão:
“O Complexo Portuário do Maranhão, formado pelo Porto do Itaqui, Terminal Marítimo de Ponta da Madeira e o Terminal da Vale, é um dos principais integrantes do sistema portuário brasileiro. E possui uma tríade de vantagem competitiva: profundidade dos seus portos, conexão logística em especial a ferroviária (conexão com 3 ferrovias), e a localização externa e interna, interna por fazer parte do Arco Norte, externa pela localização perto da Europa, Ásia, América do Norte. A expansão do complexo portuário brasileiro passa pela expansão do Complexo Portuário do Maranhão. Neste sentido, nós temos dois novos players que são o Porto São Luís e o Terminal Portuário de e Alcântara. Diversas pesquisas já comprovaram a demanda crescente de transportes para o nosso complexo, aliado a possibilidades de novos investimentos como a Zona de Processamento de Exportação do Maranhão. Bons ventos sopram para nosso Estado”, disse, com otimismo.