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Obras de revitalização do antigo Sioge estão paradas em São Luís

Reforma do prédio, que vai abrigar o Museu de Arqueologia, foi iniciada em março de 2017 e deveria ter sido concluída em 2018.

Fonte: Luciene Vieira

As obras de revitalização do antigo prédio do Serviço de Imprensa e Obras Gráficas (Sioge), situado na Rua Antônio Rayol, na região do Mercado Central, em São Luís, estão paralisadas desde antes do começo da pandemia do novo coronavírus. Os trabalhos foram iniciados no dia 23 de março de 2017 e deveriam ter sido concluídos no dia 2 de junho de 2018.

De acordo com comerciantes de estabelecimentos vizinhos ao Sioge, não se vê movimentação de operários no local, antes mesmo que houvesse pandemia de Covid-19 em São Luís. “Era para a obra já ter sido finalizada, mas não sabemos o porquê do abandono, só sabemos que há anos não presenciamos trabalhadores no empreendimento, fazendo a tão esperada revitalização”, disseram comerciantes de uma loja de refrigeração, que fica ao lado do imóvel.

“Eu vim com o meu negócio para a Antônio Rayol há um ano, quando eu cheguei aqui, a obra já estava parada”, disse outro comerciante, dono de uma padaria.

De acordo com guardadores de carros (flanelinhas) que atuam nas proximidades do estabelecimento, que está isolado por tapumes, de vez em quando são vistos alguns usuários de entorpecentes entrando no local.

Já os comerciantes disseram que a cerca metálica tem impedido de o local continuar servindo para o tráfico e consumo de drogas, além de abrigo para moradores de rua. A obra é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O casarão foi cedido para a Ufma, pelo governo estadual por um prazo médio de 20 anos, para abrigar o futuro Museu de Arqueologia do Maranhão, e também o curso de graduação de Arqueologia.

PARALISAÇÕES ACONTECEM DESDE 2018

Já em 2018 ocorriam paralisações nas atividades de revitalização do imóvel. Em março daquele ano, tinha havido apenas a troca do telhado do prédio. A empresa licitada era a Novo Horizonte, e o contrato de licitação foi assinado entre a Ufma e a empreiteira no dia 6 de fevereiro de 2017. A obra foi orçada em mais de R$ 8 milhões.

HISTÓRIA

O Sioge abrigou um dos maiores parques gráficos da Região Nordeste e chegou a ter 200 funcionários com destacada atuação no cenário editorial do Brasil. No prédio, era editado, por exemplo, o Diário Oficial Especial.

UTILIDADE

O Museu de Arqueologia que será abrigado no antigo Sioge exibirá 50 mil peças descobertas após escavações feitas na área onde seria instalada a Refinaria Premium, da Petrobras, na cidade de Bacabeira. Entre as peças, estão objetos que comprovam o contato dos povos nativos com populações oriundas da América Central.

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