Um recurso de oxigenioterapia facilitador para evitar a intubação de pacientes infectados pela Covid-19 está sendo usado pela rede de saúde do Maranhão. Trata-se do cateter nasal de alto fluxo, que tem apresentado bons resultados, e é usado constantemente nas unidades de terapia intensiva neonatais.
A tecnologia permite administrar uma mistura de ar aquecido e umidificado com diferentes níveis de concentração de oxigênio. “O governo do Maranhão está alinhado às melhores práticas, acompanhando as descobertas da ciência e buscando investir naquilo que tem resultado reconhecido. A Covid-19 é uma doença nova com a qual todo o mundo ainda está aprendendo a lidar, mesmo após um ano e meio de pandemia”, ponderou Marcos Grande, presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares (Emserh).
Atualmente, três unidades de saúde em São Luís e cinco unidades no interior do estado usam a terapia: o Hospital de Cuidados Intensivos (HCI), o Hospital Genésio Rêgo e o Hospital de Campanha, em São Luís, além dos hospitais regionais de Coroatá, Imperatriz, Timon, Caxias e Chapadinha, e os hospitais de referência Covid-19, em Caxias, e de Campanha de Pedreiras.
“É um recurso de oxigenioterapia, com níveis de pressurização com fluxo aquecido e umidificado composto por um circuito com filamentos aquecidos e pronga nasal. Uma média de 45 pacientes já foram beneficiados com a terapia de alto fluxo, em apenas dois meses de uso nas unidades”, explicou Aarão Neto, fisioterapeuta especialista da Qualidade da Emserh, que junto a fisioterapeuta Virginia Guará tem implantado a terapia nas unidades.
De acordo com os dados apresentados pelas três unidades da capital, primeiras a usar o recurso, o cateter nasal de alto fluxo apresentou aproximadamente 65% de eficácia no tratamento dos pacientes, impedindo o agravamento da doença e a evolução para intubação.
A terapia de alto fluxo é indicada para pacientes estáveis, com sintomas moderados com o objetivo de otimizar a oxigenação e pressurização pulmonar contínua. “É um recurso que vem sendo muito utilizado no tratamento dos pacientes com a Covid-19, que tem maior aceitação, com mais facilidade de manejo, mantendo uma oxigenação e pressurização constante”, reforçou Aarão Neto.