Números dos cartórios de Registro Civil de São Luís mostram que, no 1º semestre de 2021, houve mais mortes que nascimentos na capital maranhense. Segundo os dados, é a menor diferença já vista entre nascimentos e óbitos da história.
Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), cruzados com os dados históricos do estudo Estatísticas do Registro Civil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos dados dos próprios cartórios brasileiros.
Em números absolutos os Cartórios de São Luís registraram 4.311 óbitos até o final do mês de junho. O número, que já é o maior da história em um primeiro semestre, é 35,2% maior que a média histórica de óbitos no estado, e 7,01% menor que os ocorridos no ano passado, com a pandemia já instalada há quatro meses no Maranhão. Já com relação a 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o aumento no número de mortes foi de 33,06%.
Com relação aos nascimentos, São Luís registrou o menor número de nascidos vivos em um primeiro semestre desde o início da série histórica em 2003. Até o final do mês de junho foram registrados 7.356 nascimentos, número 16,8% menor que a média de nascidos no estado desde 2003, e 4,55% menor que no ano passado. Com relação à 2019, ano anterior à chegada da pandemia, o número de nascimentos caiu 26,92% na capital.
O resultado da equação entre o maior número de óbitos da série histórica em um primeiro semestre versus o menor número de nascimentos da série no mesmo período é o menor crescimento vegetativo da população em um semestre no estado, aproximando-se, como nunca antes, o número de nascimentos do número de óbitos. A diferença entre nascimentos e óbitos que sempre esteve na média de 5.651 mil nascimentos a mais, caiu para apenas 3.045 mil em 2021, uma redução de 46,1% na variação em relação à média histórica. Em relação a 2020, a queda foi de 0,85%, e em relação a 2019 foi de 55,39%.