Investir no mercado de ações em 2021

O investimento em ações está a tornar-se cada vez mais frequente e popular este ano

Fonte: Da redação

A pandemia de Covid-19, a poupança que foi gerada nos períodos de confinamento e a consequente quebra económica de alguns setores de negócio durante o último ano e meio, levou a que alguns dos que têm algum rendimento disponível considerem começar a investir em ações.

Esta tem sido uma das formas mais seguras e rentáveis que alguns investidores têm utilizado para aplicar o seu capital. Neste momento, o avanço na vacinação para combater a pandemia de Covid-19 e a flexibilização das medidas de mobilidade têm ajudado a dar impulso à visão da retoma gradual da atividade económica para níveis semelhantes aos registados em 2019, o que tem aumentado o otimismo dos investidores.

A retoma económica começa a ser verificada através do aumento na receita das empresas listadas em bolsa, um pouco por todo o mundo. Nota-se um aumento crescente, como por exemplo, no Brasil, onde o primeiro trimestre de 2021 teve aumento de 23,8% no resultado da receita, quando comparado com igual período do ano 2020.

Assim, com esta recuperação da atividade em mente, os analistas prevêem, no geral, um cenário mais favorável para empresas ligadas aos setores domésticos e às commodities. A valorização dos preços das commodities foi um fator que ajudou as empresas que operam na exportação, por exemplo, a destacar-se nos últimos meses.

No final do primeiro semestre deste ano, notou-se que alguns setores da economia começaram a mostrar uma recuperação rápida, enquanto outros ainda mantém níveis de atividade baixos, devido às restrições causadas pela pandemia. O setor financeiro foi um dos que perdeu um pouco da força nos primeiros meses de 2021, como o Bradesco, sediado no Brasil. Os destaques negativos do primeiro trimestre de 2021 foram também a educação, o retalho e os centros comerciais. Estes são os setores onde, de momento, os especialistas não aconselham o investimento, por estarem ainda a recuperar de uma quebra económica.

Mas a perspectiva atual é de continuidade do movimento crescente ao longo de todo o restante de 2021. A expectativa dos analistas é que haja um “novo superciclo”.

Para os investidores que pretendam aplicar os seus capitais nos próximos meses, o agronegócio, a siderurgia e mineração e óleo e gás estão em destaque pela positiva, e as empresas atualmente listadas como fiáveis para investir são várias, tais como a Petrobras, IBM, Intel, Nos, Chevron, EDP, Novartis.
Apesar de não ser possível prever exatamente o que nos reserva o segundo semestre de 2021, existe este otimismo do superciclo das commodities, mas também algum pessimismo devido à incerteza gerada pela pandemia, com novos picos de casos em alguns países durante este verão, que ameaçam novos períodos de confinamento nos próximos meses.

No entanto, no geral, as perspectivas para a economia mundial no segundo semestre deste ano são positivas e estão a deixar, por isso, os investidores de ações animados.

Apesar do optimismo, os especialistas recomendam diversificar a carteira e optar por setores de atividade mais estáveis, e lembram que o investimento deve ter como um dos principais focos a seletividade, a diversificação por vários mercados e setores. Deve também estudar-se todas as hipóteses antes de tomar uma decisão e o investimento deve ser sempre feito numa perspectiva de longo prazo.

Devido à pandemia e ao subsequente otimismo em relação à melhoria da economia a nível global, o investimento em ações está a tornar-se cada vez mais frequente e popular este ano, em comparação com os anteriores. O ano de 2020 foi difícil, mas as perspectivas para o último semestre de 2021 são bastante positivas para o mercado bolsista.

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