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Policial militar suspeito de matar jovem médico em Imperatriz segue foragido

O crime ocorreu na madrugada dessa segunda, durante uma festa na Avenida Beira-Rio.

Fonte: Aidê Rocha

A Polícia Civil está à procura do soldado da Polícia Militar do Maranhão Adonias Sadda Sousa Costa, suspeito de matar, na madrugada de ontem (26), o médico Bruno Calaça Barbosa, de 24 anos. O crime ocorreu na casa de festas Dell Lagoa, na Avenida Beira-Rio, na cidade de Imperatriz.

Entre os motivos para o crime estaria uma suposta tentativa de assédio, tendo como alvo a namorada de um irmão do médico assassinado. No local, estaria ocorrendo uma festa supostamente clandestina; que, momentos antes do homicídio, por duas vezes, já havia recebido a presença de uma guarnição na tentativa de encerrar as atividades.

A morte do jovem foi flagrada pelas câmeras de segurança do próprio estabelecimento e viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Bruno aparece sentado no palco, com alguns amigos e irmãos, até que é abordado pelo militar e outro homem. Antes de irem até a vítima, eles aparecem conversando e gesticulando, bem próximos.

Os dois chegam perto do médico e, no vídeo, é possível ver que o homem fala algo e o empurra logo depois. Ele então se defende, e o soldado puxa a arma atirando à queima-roupa, atingido o peito da vítima. Bruno Calaça fica alguns segundo de pé e depois cai, enquanto a dupla sai do local.

De acordo com o delegado Praxísteles Martins, titular do Departamento de Homicídios em Imperatriz, várias pessoas já foram ouvidas durante toda essa segunda-feira. Ainda conforme a polícia, o homem que aparece acompanhando o policial antes de ele atirar na vítima já foi identificado, entretanto ainda não foi localizado até o momento.

O coronel Pedro Ribeiro, comandante-geral da PMMA, informou que todas as diligências estão sendo feitas para capturar o soldado. “Vamos dar a resposta necessária, que é a prisão e excluí-lo da corporação. Com certeza a justiça vai tomar as devidas providências para condenar esse individuo cruel e assassino”, destacou.

SUPOSTO ASSÉDIO

Informações que circulam nas redes sociais e em grupos de WhatsApp, no município de Imperatriz, apontam como causa para o crime uma suposta tentativa de assédio, que teria dado origem a uma confusão e resultou na morte do médico recém-formado Bruno Calaça.

Conforme as informações obtidas pelo Jornal Pequeno, tudo teria começado em meio à festa na Dell Lagoa, quando um empresário do ramo de autopeças, identificado como Waldek, teria ‘esbarrado’ algumas vezes na jovem Luna Lemos, namorada de um irmão de Bruno, o que teria sido interpretado como assédio, como se o empresário estivesse querendo ‘dar em cima’ da garota.

Waldek estava acompanhado de um outro empresário, identificado como Ilker, também do ramo de autopeças, e de Ricardo Barbalho, que seria advogado.

Insatisfeita com a atitude de Waldek, Luna relatou o fato para o irmão de Bruno, conhecido como Willian, iniciando-se, assim, a partir daí, uma confusão com empurra empurra e tentativas de agressão.

Foi informado que o proprietário da Dell Lagoa interveio e apartou a briga, fazendo com que todos os envolvidos dessem as mãos.

Momentos mais tarde, já com a festa encerrada e as luzes acesas, Bruno estava sentado no palco, enquanto Barbalho e um dos empresários, conforme pode ser visto num vídeo divulgado nas redes sociais, passaram a conversar com o soldado Adonias, apontando para o local onde estavam Bruno, seu irmão Willian, Luna e outros amigos.

No vídeo, percebe-se que Barbalho e o empresário falam alguma coisa ao ouvido do policial Adonias e em seguida o militar, acompanhado de um deles, vai na direção de Bruno. O empresário se aproxima do médico, fala alguma coisa e desfere um murro a altura do ombro de Bruno, que reage com um empurrão, como querendo livrar-se dele. Em seguida, Adonias saca a arma de fogo e atira em Bruno Calaça, que ainda fica em pé alguns segundos e cai, enquanto o policial e o empresário se retiram.

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