Seis estados brasileiros detectaram uma mutação na variante Gama (P.1), originalmente detectada em Manaus. Denominada de Gama-plus, ela foi descoberta por cientistas do Genov, um dos maiores projetos de vigilância genômica da América Latina. Os resultados foram publicados nesta sexta-feira (13), no site do grupo e na plataforma de dados Gisaid.
Segundo a rede de saúde Dasa, entre as amostras que deram positivo para a Gama-plus, cinco são do estado de Goiás, duas do Tocantins, uma do Mato Grosso, uma do Ceará, uma de Santa Catarina e uma do Paraná.
A mutação do coronavírus tem a mesma alteração presente na variante Delta, registrada na Índia, e já se espalha pelo Brasil. O programa analisou mais de 1,3 mil amostras de brasileiros infectados pelo Sars-CoV-2 coletadas entre maio e junho deste ano e, dentre elas, 95% eram da linhagem Gama do vírus. Porém, em 11 das coletas realizadas em maio, os pesquisadores detectaram a mutação P681H, em que o aminoácido prolina é substituído por outro, a histidina.
A alteração nos aminoácidos caracteriza a Gama-plus e também está presente na variante Delta, assim como em todas as variantes de preocupação (VOCs, na sigla em inglês), classificadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), explicam os estudiosos.