SÃO LUÍS – Muita poeira dentro de casa e insegurança devido à falta de iluminação. É assim que vivem as 54 famílias do Sítio Jacu, comunidade na região da Vila Maranhão, há vários anos. O drama antigo já foi alvo de vários protestos de moradores, inclusive com bloqueio da passagem, mas que de nada adiantou.
A equipe do Jornal Pequeno esteve nessa semana no bairro e viu de perto a situação. Apenas um trecho da principal rua do lugar foi asfaltado, ainda na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior; os outros 1700 metros, onde residem as mais de 50 famílias, seguem sem a infraestrutura necessária, inclusive sem iluminação por toda a via.
Segundo o presidente do Comitê de Desenvolvimento da Zona Rural, Almir Filho, um melhor acesso não só beneficiaria quem reside na área, mas quem passa por ela todos os dias.
Ele explicou que a rua interliga a Vila Maranhão até o bairro da Vila Embratel, e diminui bastante o tempo de viagem que, atualmente, fazendo o trajeto pela BR-135, são 14,7 km, enquanto por esse trecho seriam somente 7,7 km.
“A Prefeitura ficou de fazer, mas sem data nem previsão. Uma reunião ficou de ser realizada e nada até agora. Uma equipe da Semosp, há dois meses, chegou a fazer a medição, onde foi constatado que são apenas 1700 metros para asfaltar. Depois, o engenheiro ficou de voltar e não voltou”, pontuou Almir, ressaltando que a empresa Vale, proprietária de grande parte de terrenos do entorno da comunidade, comprometeu-se em ajudar com custos de materiais, caso tivesse a empresa para realizar o trabalho. Entretanto, tudo segue do mesmo jeito.
A dona de casa Franciane Santos de Sousa mora no Sítio Jacu há doze anos e, de acordo com ela, perdeu as esperanças de que rua seja asfaltada. “É difícil para tudo. No verão é poeira, no inverno é muita lama. Para levar as crianças na escola e sair de casa é sempre uma luta. Desde que estou aqui é assim, e sempre com promessas que nunca se cumprem. Já não tenho mais esperanças”, lamentou.
Franciane também reclamou da falta de iluminação na rua, que tem deixado o local ainda mais inseguro, no período da noite. Conforme a dona de casa, o marido e ela mesma já foram vítimas de assalto. “Os bandidos se escondem e atacam. Meu marido está com uns três meses que foi roubado e até bateram nele”, disse.
OUTRO LADO
Em nota enviada ao Jornal Pequeno, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), informou que o local já foi mapeado pelo órgão. E que a rua será incluída no próximo cronograma de serviços de asfaltamento, a ser elaborado para a comunidade.
Ainda na nota, no que se refere à iluminação, a Semosp se compromete em enviar uma equipe técnica ao ponto para verificar o serviço que deverá ser executado. “Se manutenção simples para restabelecimento da luz ou a troca de lâmpadas”, finaliza.