Medicamento para tratamento da covid-19 é aprovado pela Anvisa

Procedimento tem que ser iniciado logo após o teste positivo.

Fonte: Com informações da Agência Brasil

O uso do medicamento Sotrovimabe foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento de pecientes infectados pela Covid-19.O remédio é indicado para quadros leve e moderado da doença – e com risco de evolução para uma situação grave. A medicação é contraindicado para pacientes hospitalizados, que precisem de suporte ventilatório.

Uso de Sotrovimabe foi aprovado pela Anvisa (Foto: Divulgação)

O medicamento não será disponibilizado para comercialização direta ao público, mas terá uso ambulatorial, e deve ser prescrito por um médico para que seja ministrado.

A diretora relatora do caso, Meiruze Freitas, destacou que as áreas técnicas avaliaram os dados enviados pela empresa responsável e consideraram eles satisfatórios.

“Com relação aos aspectos clínicos, os resultados de eficácia demonstraram que o tratamento com uma dose de 500g resultou em uma redução clínica com significância estatística na proporção dos voluntários com covid-19 leve e moderada que participaram do estudo”, concluiu Freitas.

Meiruze Freitas frisou a importância de realizar o monitoramento da aplicação do remédio para mapear casos adversos, especialmente em gestantes, que deve ser avaliado com cuidado a relação custo-benefício.

A agência reguladora europeia para medicamentos já emitiu parecer apoiando uso do Sotrovimabe como opção de tratamento para pacientes adultos e adolescentes acometidos com covid-19, conforme informou Freitas.

Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos, Gustavo Mendes, o tratamento tem que ser iniciado logo após o teste positivo e, preferencialmente, até cinco dias do início dos sintomas. A aplicação é de dose única, de 500 mg.

Os estudos clínicos realizados, seguiu Mendes, com voluntários nos Estados Unidos, Canadá e em outros países, inclusive Brasil, tiveram resultados com “relevância importante” da redução da carga viral.

A gerente-geral de fiscalização e inspeção sanitária, Ana Carolina Marinho, relatou que foi avaliado o processo de produção, realizado em duas fábricas, uma na China e outra na Itália. “Informações sugerem cumprimento aceitável para justificar a autorização em uso emergencial no cenário pandêmico em que nos encontramos”, avaliou a gerente-geral.

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