IMPERATRIZ – O bacharel em Direito Ricardo Barbalho, suspeito de ter envolvimento na morte do médico Bruno Calaça, foi preso no escritório do advogado dele, em Imperatriz, depois que teve a prisão preventiva decretada, a pedido do Ministério Público, pelo juiz Mário Henrique Reis, que está respondendo pela 2ª Vara Criminal.
O advogado foi indiciado no inquérito por lesão corporal e ameaça, com aumento de pena, por ter resultado no assassinato. Ricardo Barbalho já tinha sido preso, quando ficou detido por duas semanas, mas conseguiu sair da cadeia, por força de decisão judicial no mês passado, sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.
Após ser preso, o bacharel em Direito fez exame de corpo de delito, no Instituto Médico Legal de Imperatriz, e foi encaminhado novamente para a Unidade Prisional de Ressocialização (UPRI). A Justiça acatou o pedido do MP, considerando os indícios de autoria do crime, e também para garantir a ordem e a segurança do processo criminal.
Ricardo é quem aparece nas imagens das câmeras da boate conversando com o policial militar Adonias Sadda e em seguida vai até o médico Bruno Calaça, que, na sequência, é assassinado com um tiro fatal. O crime ocorreu na madrugada do dia 26 de julho, em Imperatriz.
ENTENDA O CRIME
O assassinato do médico Bruno Calaça ocorreu na madrugada do dia 26 de julho deste ano, no interior da casa de festas Dell Lagoa, na Avenida Beira Rio, na cidade de Imperatriz. Entre os motivos para o crime estaria uma suposta tentativa de assédio, tendo como alvo a namorada de um irmão do médico assassinado.
O tiro que matou Bruno foi efetuado pelo soldado da Polícia Militar do Maranhão Adonias Sadda Sousa Costa. No local, estaria ocorrendo uma festa supostamente clandestina; que, momentos antes do homicídio, por duas vezes, já havia recebido a presença de uma guarnição na tentativa de encerrar as atividades.
A morte do jovem foi flagrada pelas câmeras de segurança do próprio estabelecimento e viralizou nas redes sociais. Nas imagens, Bruno aparece sentado no palco, com alguns amigos e irmãos, até que é abordado pelo militar e outro homem.
Antes de irem até a vítima, eles aparecem conversando e gesticulando, bem próximos. Os dois chegam perto do médico e, no vídeo, é possível ver que o homem fala algo e o empurra logo depois. Ele então se defende, e o soldado puxa a arma atirando à queima roupa, atingido o peito da vítima. Bruno Calaça fica alguns segundo de pé e depois cai, enquanto a dupla sai do local.