No Maranhão, 1.419 estudantes com deficiência estão matriculados na rede pública estadual no ensino regular, em 280 escolas, segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). É pensando nesse público, visando promover diálogos e reflexões sobre a qualidade do atendimento dentro da unidade escolar, que ocorre, entre os dias 21 e 28 de setembro, a IX Semana da Pessoa com Deficiência com organização dos Centros/Núcleo Especializados de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Durante todo o evento, que tem como tema “Ressignificando o direito de aprender: pessoa com deficiência, sujeito motriz da mudança”, os alunos farão, ainda, atividades e oficinas que auxiliam no desenvolvimento deles dentro e fora do ambiente escolar, em vários aspectos. Na ocasião, estudantes sem deficiência também participam das ações como uma forma de integração.
O supervisor de Modalidades e Diversidades Educacionais, da Seduc, Jocenilson Costa, ressaltou que a semana é apenas uma das ações realizadas para as pessoas com deficiência que integram o ensino público estadual. “São ações constantes e a rede estadual que trabalha nessa perspectiva de inclusão, que conta com Centros de Educação Especial e também com Núcleo de Atendimento para Estudantes com Altas Habilidades e Superdotação. Durante essa semana, todas as 19 unidades regionais do Maranhão estão sendo apresentadas as atividades que desenvolvemos junto aos estudantes com deficiência”, explicou.
A reportagem do Jornal Pequeno esteve, na manhã de ontem (23), no Centro de Ensino Manoel Beckman, o bairro do Bequimão, em São Luís.No local, várias atividades utilizadas no cotidiano dos estudantes com deficiência foram apresentadas à comunidade escolar.
O circuito psicomotor e a oficina “Pintando do sete”, promovidos pela equipe do CEE Helena Antipoff, e oficinas de confecção de recursos de baixa tecnologia e “Alongando o corpo e relaxando a mente”, organizadas pelo CEE Padre João Mohana, foram algumas delas.
PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES
Animada, a estudante do 1º ano do Ensino Médio Vanessa Pinheiro, de 18 anos, mostrou saber bem como funcionavam todas as dinâmicas e os jogos propostos durante a ação. Ela é uma das cinco alunas com algum tipo de deficiência que frequenta o Centro de Ensino Manoel Beckman.
“Eu gosto muito de estar aqui. As atividades me ajudam bastante a me concentrar, ter mais foco e conseguir concluir o que eu começo a fazer. E isso melhorou nas coisas que eu faço em casa também”, destacou.
Aos 16 anos, Gabriel Bacelar, é novo na escola e experimentou pela primeira vez fazer uma oficina voltada para alunos com deficiência. Segundo ele, é uma forma muito interessante de aprender mais a respeito e entender um pouco das dificuldades enfrentadas por seus colegas. “A escola possui diversos alunos com deficiência e ter esse tipo de atividade ajuda a desenvolver suas habilidades. Foi uma experiência muito legal”, completou.