Geisa Sfanini, de 32 anos, que teve 90% do corpo queimado após usar álcool combustível para cozinhar, no último dia 2 de setembro, teve a morte confirmada nessa segunda-feira, 27. O caso ocorreu na casa da vítima, em Osasco, na Grande São Paulo.
Geisa deixa um filho de 8 meses, que também sofreu queimaduras em 18% do corpo. Ele se recuperou e está morando com o pai.
De acordo com Mônica Teixeira de Oliveira, proprietária do cômodo que Geisa alugava, ela passava por dificuldades financeiras e estava sem dinheiro para comprar gás de cozinha.
“Ela era minha inquilina, mas com o tempo desenvolvemos uma amizade. Como as coisas apertaram, algumas vezes ela se alimentava na minha casa, ou eu mandava comida para ela, leite para o neném. Ajudava em tudo. Ela era uma pessoa incrível, cheia de sonhos e muito vaidosa apesar das dificuldades”, afirmou a amiga.
Geisa e o filho viviam em um quarto e cozinha pago pela Prefeitura de Osasco, por meio de um programa destinado às famílias em situação de vulnerabilidade social.
Ela estava desempregada e sustentava a criança com cerca de R$ 375 que recebia do Programa Bolsa Família, conforme relatos dos vizinhos. Geisa também fazia bicos como vendedora de perfume.
Os bombeiros informaram não houve explosão nem princípio de incêndio na casa. O fogo produzido pelo etanol causou queimaduras de segundo grau nas duas vítimas.
No local, os agentes encontram dois tijolos e uma grelha em cima do fogão, que segundo eles indicam que ela estava tentando cozinhar usando outros produtos de combustão.