Uma mulher de 41 anos, mãe de cinco filhos, está presa por ter furtado uma Coca-Cola de 600 ml, dois pacotes de macarrão instantâneo e um pacote de suco em pó. O caso ocorreu em um supermercado na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, no dia 29 de setembro. Ela teve o pedido de liberdade negado pela Justiça.
Ao ser presa em flagrante pela Polícia Militar, ela admitiu o crime aos policiais e declarou: “Roubei porque estava com fome”. A soma dos produtor furtados totalizavam R$ 21,69.
Após ser flagrada, a mulher fugiu e foi perseguida por uma viatura, que passava pelo local. Ela caiu e feriu a testa antes de ser capturada. Em seguida, foi levada para o hospital, e posteriormente apresentada na delegacia.
O valor irrisório do furto não foi o bastante para soltar a mulher durante a audiência de custódia. Ela teve a prisão em flagrante convertida em preventiva a pedido do Ministério Público de São Paulo. A promotora argumentou que a mulher já tinha outros registros de furto.
A Defensoria Pública de São Paulo pediu o relaxamento da prisão da mulher, alegando que ela tem cinco filhos com idades de 2, 3, 6, 8, e 16 anos. O defensor público argumentou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já reconheceu a ilegalidade da prisão de pessoas que furtam produtos de valor irrisório para saciar a própria fome, conhecido nos tribunais como “princípio da insignificância” ou “estado de necessidade”.
