Barreirinhas é um dos locais onde a Petrobras investirá em busca de petróleo

A petrolífera anunciou que perfurará oito poços no período de 2022 a 2025, dos quais seis serão na linha divisória com a Guiana Francesa.

Fonte: Aquiles Emir

A Petrobras planeja investir cerca de R$ 8 bilhões, nos próximos cinco anos, para perfurar poços na margem equatorial do Brasil e as bacias Pará-Maranhão e de Barreirinhas estão entre as prioridades da empresa. O anúncio do investimento foi feito pela estatal no evento “Petrobras: Margem Equatorial Brasileira”, realizado em Brasília (DF) na última quarta-feira (06).

A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema) foi uma das entidades convidadas foi representada pelo professor Alan Kardec Barros, consultor da entidade e ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

“A Margem Equatorial brasileira é um dos maiores investimentos para a indústria do petróleo no planeta. A Petrobras mostrou, nessa reunião, que essa bacia é prioridade”, afirmou.

Segundo estudos realizados pela Petrobras as bacias sedimentares da margem equatorial brasileira, que engloba as bacias – da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão /Barreirinhas e Potiguar – mostram semelhanças com descobertas feitas no Golfo da Guiné, na África, e na Guiana/Suriname, o que sugere grande potencial exploratório de produção.

“Os poços da Guiana e Suriname, mais essas descobertas na África que estão dando muito, despertou o interesse da Petrobras na região da Margem Equatorial. E a empresa anunciou que irá perfura poços na Bacia de Barreirinhas”, explicou Alan Kardec.

A petrolífera brasileira anunciou que perfurará oito poços no período de 2022 a 2025, dos quais seis serão na linha divisória com a Guiana Francesa. Dois desses poços serão perfurados já no ano que vem, na Foz do Amazonas, próximo a Guiana.

Segundo a empresa, o Ibama deve liberar a autorização para que ela perfure no local em breve. “Hoje, a bola está com a gente, não está com o Ibama, que já apreciou parte dos estudos apresentados. Precisamos desenvolver o simulado que demonstra que estamos com todos os recursos necessários para obter licença de perfuração naquela área”, afirmou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, durante o evento.

PRODUÇÃO

De acordo com estudos realizados pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) a partir de dados disponibilizados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) as bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará/Maranhão/Barreirinhas e Potiguar mostram semelhanças com descobertas feitas no Golfo da Guiné, na África, e na Guiana/Suriname, o que sugere grande potencial exploratório de produção.

Borges analisou como normal a queda de produção observada no campo de Tupi porque, segundo ele, quando se termina de colocar todos os poços de produção e injeção em operação, há um declínio natural de produção de qualquer jazida de cerca de 10% a 12%.

“Isso é o que ocorre”. Por isso, assegurou que o negócio da empresa é buscar novas jazidas.

Para manter uma produção constante de 2 milhões de barris por dia, é preciso agregar, no mínimo, 240 mil barris diários, todo ano, “porque senão, o declínio natural vai fazer a produção cair. Isso é do nosso negócio”, explica o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges.

Ele disse que no período 2021/2022, para manter ou elevar um pouco mais a produção da empresa, estão previstos em torno de 20 novos poços exploratórios. Onze deles ficarão na Bacia de Campos, muitos deles na franja externa ao Polímero do Pré-Sal; seis poços no pré-sal da Bacia de Santos; dois poços na Bacia do Espírito Santo, também no pré-sal; e dois poços na margem equatorial, se a Petrobras conseguir obter as licenças ambientais.´

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