SÃO LUÍS – A Sociedade Recreativa Favela do Samba, comemora no dia 26 de outubro 70 anos de atividades com extensa programação festiva que inclui Benção religiosa, lançamento do documentário “Memórias Favelenses”, ensaio especial da bateria Carcará e uma feijoada a ser realizada no dia 30 de outubro (sábado).
Segundo o Presidente da Favela Euclides Barbosa Moreira Neto, o momento é muito difícil, pois os grupos do campo de cultura popular estão sofrendo muito com a falta de recursos financeiros e parceria das Organizações que atuam na região maranhense. Os grupos populares sofrem principalmente pelas consequências provocadas pela Pandemia e ações que possam acolher os lançamentos dos enredos e concursos para escolha dos hinos das escolas para a temporada carnavalesca 2022.
“Mesmo assim vamos sobreviver”, ressaltou o presidente favelense, afirmando que “temos sido símbolo de resistência ao longo de nossa história”. De acordo com Euclides “a insistente penalização de forças ocultas ao movimento dos grupos carnavalescos locais, deixa claro que há um intensão de se acabar com a prática desenvolvida na Passarela do Samba, considerando que algumas ações têm priorizado desenvolver Circuitos Alternativo, eliminando as escolas de sambas de sua programação, inclusive, instalando-se esses circuitos próximos ao local da referida Passarela com o intuito de esvazia-la progressivamente.
NIVER FAVELENSE
Para a semana comemorativa do aniversário da Favela do Samba, será desenvolvida a seguinte programação:
Dia 26/10 – Benção de ação de graças na quadra da Favela, seguida do lançamento do documentário “Memórias Favelense” e de ensaio especial da bateria carcará, a partir das 19hs.
Dia 30/10 – Feijoada na quadra da escola, a partir das 13hs, com as participações dos grupos “Ciranda de Roda” “Feijoada Completa” e “Bateria Carcará”.
O documentário “Memórias Favelense” é o sexto produto audiovisual que compõe a série “Linguagens e Cultura”, supervisionado pela Programa de Pós-Graduação em “Comunicação, Linguagem e Cultura” da Universidade da Amazônia (UNAMA), o qual objetiva resgatar a história da Favela do Samba ao longo dos seus 70 anos de existência.
A direção do documentário é de Euclides Barbosa Moreira Neto e tem a efetiva participação de participantes e apreciadores do carnaval maranhense, além da efetiva edição do técnico audiovisual Gilson Silva e do cineasta Murilo Santos. O roteiro do documentário foi idealizado à partir da dissertação de Mestrado do pesquisador e professor Antônio Eugênio Araújo Ferreira (Eugênio Araújo), “Não deixa o samba morrer” – Um estudo histórico e etnográfico sobre o carnaval de São Luís e da Escola Favela do Samba.
O documentário apresenta imagens raras do bairro do Sacavém e da periferia de São Luís e tenta explicar como se deu o desenvolvimento daquela região e da Favela do Samba ao longo dos seus 70 anos. Explica o diretor Euclides que esse documentário tem o apoio da Fundação Sousandrade e ele foi o desdobramento do Projeto “Favela Itinerante – Resgate Musical”, apresentado na primeira edição da Lei Aldir Blanc, lançado ano passado pelo Governo do Maranhão e Governo Federal.
Todas essas atividades integram também o futuro projeto carnavalesco da Favela do Samba para o Carnaval de 2022, que será inspirado na vida e obra do compositor e ex-presidente favelense, Renato Dionísio com o tema “Do renascer da Grécia Antiga ao Berço da Cultura Popular: O legado do artista chamado Dionísio”.