Um pastor está sendo investigado por suspeita de abuso sexual de meninas. Os casos teriam ocorrido dentro da igreja em que o religioso pregava, na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio.
A denúncia veio à tona quando a família de uma das vítimas procurou a delegacia para contar o que teria acontecido dentro da igreja. Uma menina de 11 anos teria sido abusada sexualmente pelo pastor.
Após a denúncia, outra vítima surgiu e afirmou ter sido abusada pelo mesmo pastor. A mulher disse que sofreu a violência quando tinha 8 anos. A polícia acredita que o suspeito pode ter feito outras vítimas, e segue investigando o caso.
De acordo com a polícia, os abusos teriam acontecido dentro da Primeira Igreja Batista, na Vila Kennedy, onde o pastor Antônio Carlos de Jesus Silva, de 51 anos, pregava.
Por se tratar de estupro de vulnerável, um crime hediondo, a delegada responsável pelo caso pediu a prisão preventiva do pastor. Em maio, o Ministério Público estadual denunciou Antônio Carlos à Justiça e pediu que ele fosse proibido de se aproximar e manter contato com a vítima ou familiares dela.
No entanto, o MP entendeu que a prisão não era necessária porque o pastor era réu primário e não teria ameaçado a vítima. Só que agora o processo está em um impasse na Justiça.
“A Justiça está no conflito negativo de competência. Ou seja, uma vara especializada em violência doméstica e uma vara comum estão discutindo de quem é a competência para processar o caso. A ponto de se levar para segunda instância no Tribunal de Justiça essa resolução”, explicou o advogado Carlos Nicodemos Oliveira Silva.
“Um caso que foi registrado em 27 de abril de 2021, e até o presente momento não tem uma medida aplicada em relação à prisão do acusado, à produção das provas , oitivas das vítimas e testemunhas, o que gera um prejuízo, e que gera uma revitimização para todas elas”, lamentou o advogado.