Depois de noite violenta, Secretaria de Segurança deflagra operação “Ilha Segura”

Nove pessoas morreram em ações criminosas que ocorreram em vários bairros de São Luís.

Fonte: Aidê Rocha

Depois de uma noite violenta em São Luís, a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão iniciou, nessa sexta-feira, 22, a operação “Ilha Segura”, visando garantir o reforço no policiamento e a tranquilidade da população durante o final de semana.

Conforme o secretário Jefferson Portela, a ideia é realizar atividades em várias áreas da região metropolitana para evitar que, principalmente, pessoas inocentes sejam vítimas de ações de criminosos.

Portela ressaltou que serão feitas ações de controle operacional para conter ataques de facções criminosas que agem, de acordo com ele, com extrema violências, inclusive com cidadão que não integra nenhuma organização.

“Por isso o comando expresso e direto do funcionamento operacional do sistema de segurança, para debelar essas expressões violentas da criminalidade”, destacou o secretário, garantindo que toda a cúpula de segurança estará nas ruas e sem hora para sair.

“Teremos trinta dias de intervenções policiais com o uso da força contra organizações criminosas. Uso da forma para recolher arma de fogo, arma branca e qualquer objeto de origem ilícita”, finalizou o secretário.

NOITE VIOLENTA

Uma verdadeira noite de pânico, foi o que viveram moradores de cinco bairros da região metropolitana de São Luís. Nove pessoas morreram e várias ficaram feridas, após ataques realizados por homens armados em motocicletas e carros, entre as 19h35 até as 23h05, da quinta-feira (21).

O primeiro homicídio foi registrado na Rua Quatro, no bairro da Alemanha. Paulo Rogério Nogueira da Silva, de 27 anos, alvejado com um disparo no tórax e outro na cabeça, morreu assim que chegou ao Hospital Municipal Djalma Marques, o Socorrão 1.

Para a mesma unidade de saúde, ainda foram levados Wanilly Silva Alves e Adeilson Silva dos Santos, sendo o quadro clínico do primeiro considerado grave. Ambos também oriundos da Alemanha.

Minutos antes desse ataque, feito por homens em uma motocicleta preta, no bairro do Coroado, Tiago Rodrigo de Jesus Lemos e David Vieira já tinham sido baleados por suspeitos que usavam o mesmo tipo de veículo. Eles foram socorridos e encaminhados ao Socorrão 1.

Em São Luís, foram assassinados, ainda, Weberth de Carvalho Cascas e Mycael Pereira dos Santos, respectivamente, no João de Deus e na Cidade Olímpica. Durante as ações, um menino de 12 anos foi atingido com um tiro na perna, no Residencial Nova Aurora, e um jovem de 24 anos alvejado na Vila Lobão.

Os demais ataques, que resultaram em outras seis mortes, ocorreram no Alto do Turu e no Parque Jair, em São José de Ribamar. As vítimas foram Matias dos Santos Assunção, 20 anos; Nataniel dos Santos Costa, 44; Leandro dos Santos Silva, 18; Jaildo Arouche Santos e Carlos Daniel Cantanhede Rodrigues. Os dois últimos faleceram nessa sexta-feira (22), no hospital. Existe, ainda, uma pessoa que não foi identificada e morreu ao levar um tiro na boca.

Até o momento, nenhum possível suspeito de envolvimento nos nove homicídios foi preso. Todos os casos serão investigados pela Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).

Em conversa com o Jornal Pequeno, o titular da SHPP, delegado George Marques, explicou que as equipes já iniciaram as investigações para identificar os autores.

“Essas investigações irão apontar as circunstâncias desses crimes. Cada fato será apurado a fundo para entender se há ou não uma ligação entre eles. Ouvindo testemunhas, fazendo perícias, vamos trabalhar para elucidar e chegar na autoria”, pontuou.

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