25 trabalhadores são resgatados sob condições degradantes em Balsas

Eles não possuíam equipamentos de segurança, tinham pouco acesso à comida e eram impedidos de sair dos precários alojamentos.

Fonte: Com informações da Defensoria Pública da União

Entre os dias 11 e 22 de outubro, a Defensoria Pública da União (DPU) integrou o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que verificou a denúncia da existência de trabalhadores em condições análogas à escravidão no município de Balsas, região Sul do Maranhão.

Foram fiscalizados três locais, nos quais os trabalhadores resgatados viviam em condições degradantes, não possuíam equipamentos de segurança, tinham pouco acesso à comida e eram impedidos de sair. A ação resgatou 25 pessoas e obteve o pagamento de cerca de R$ 100 mil em verbas trabalhistas.

No primeiro local, a equipe encontrou uma fazenda com seis trabalhadores que faziam alojamento para carvoarias. Estavam instalados em barracos de lona, sua alimentação era feita em fogueiras e só podiam tomar banho num rio do qual também tiravam água para beber e cozinhar.

No segundo local fiscalizado, foram regatados coletores de pequi, que também estavam instalados em situação precária numa fazenda.

Já no terceiro local, os trabalhadores estavam em uma área que seria de construção civil, mas que, na verdade, era um alojamento para carvoarias, nas quais trabalhavam em situação análoga a de escravidão.

Além da Defensoria Pública da União, participaram da operação o Ministério Público do Trabalho, auditores fiscais e a Policia Militar do Maranhão.

Além do fator jurídico, a operação também fornece suporte psicológico para que os trabalhadores consigam ter a confiança para conversar e desabafar sobre o que passaram. “A DPU também faz a ponte entre o trabalhador e os CRAS que vão receber essas pessoas resgatadas e fazer a sua inserção em programas assistenciais disponibilizados para essa população super carente”, destacou a defensora pública federal Tarcijany Linhares Aguiar.

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