As comissões de Relações Exteriores e Defesa e Defesa Nacional (Credn) e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados vão realizar conjuntamente no próximo dia 10 de novembro audiência pública para debater o potencial petrolífero da margem equatorial do Brasil, que inclui a Bacia ParáMaranhão.
O debate atende solicitação feita no final do final do mês passado, pelo coordenador da Bancada Federal do Maranhão no Congresso Nacional, deputado Pedro Lucas Fernandes (PTB). Requerimento nesse sentido também foi aprovado na Comissão de Minas e Energia, apresentado pelo deputado federal, Mário Negro Monte Júnior (PP-BA).
O parlamentar maranhense explica que o objetivo da audiência é discutir com especialistas e representantes de entidades petrolíferas, os entraves que impedem os avanços na exploração das bacias ao norte, com destaque para a bacia do Pará-Maranhão, que pode ter um potencial gigantesco na produção petrolífera.
Pedro Lucas argumenta que “existem estudos que comprovam o amplo potencial petrolífero na franja oceânica norte do território nacional. Países vizinhos, como a Guiana, Suriname e Guiana Francesa são exemplos de sucesso na exploração petrolífera. E os estudos apontam as mesmas característica para a nossa região. O Maranhão pode beneficiado com grandes receitas de royalties, avanço no desenvolvimento, geração de emprego e renda.”
O parlamentar acredita que a audiência será um passo importante para avançar nesse tema.
“Queremos dialogar com essas entidades e especialistas para buscarmos mais informações sobre esse assunto. Além da audiência vamos continuar trabalhando em ações junto aos especialistas que defendem esse projeto. A exploração da bacia ParáMaranhão é mais um grande potencial econômico para o Maranhão. Estamos falando de uma prospecção animadora que pode beneficiar o nosso estado”, finalizou o parlamentar.
Especialistas da área apontam em uma Nota Técnica que essa bacia pode ser uma das mais promissoras na produção petrolífera do País. Segundo esses estudos, nos últimos 13 anos, o Brasil acumulou muito conhecimento e dados sobre a Margem Equatorial. No entanto, o país, durante este tempo, não perfurou um único poço exploratório, com o objetivo avançar na exploração.