Professor é afastado após pedir para alunos se beijarem em sala de aula

A polícia já começou a ouvir os envolvidos, mas, por se tratar de um caso que envolve crianças e adolescentes, não divulgou mais detalhes.

Fonte: Redação / Eric Luis Carvalho

Um professor estimulou dois adolescentes (entre 11 e 13 anos) a se beijarem em sala de aula, em troca de pontos na média curricular. O caso aconteceu no Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, no bairro do Cabula, em Salvador.

A Secretaria de Educação (SEC) afirmou que afastou imediatamente o professor e instaurou um processo administrativo para apurar o caso, ao tomar conhecimento do caso após denúncia da direção do colégio.

O fato ocorreu no último dia 11 de novembro. O professor de Artes teria estimulado os adolescentes do 6º ano A/Fundamental II a se beijarem. Duas mães de alunos prestaram queixa na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).

Em nota, a direção da escola frisou que “repudiou o ato e agiu imediatamente”, e que menos de 24h após o ocorrido, se reuniu com os estudantes na presença dos pais. A diretora Jeana Lemos de Oliveira disse que enviou uma ata dessa reunião para a SEC, solicitando o afastamento imediato do professor e pedindo a adoção das medidas cabíveis.

A polícia informou que começou a ouvir os envolvidos e que realiza outros procedimentos de investigação. No entanto, afirmou que por se tratar de um caso que envolve crianças e adolescentes não divulgará detalhes.

Em áudios divulgados nas redes sociais, uma aluna presente na sala de aula relatou a situação.

“Estávamos em uma aula com o professor de artes. Aí uma menina chegou no professor e falou: ‘professor, eu gosto daquele menino’. Aí o professor incentivou a gente a se beijar, menina com menina, menino com menino e menino com menina. Aí ele falou depois: ‘quem se beijar dou cinco pontos’. E ofereceu até dinheiro, R$ 5. Aí a diretora veio e pediu o celular de todo mundo que estava na sala, e pediu todos os vídeos das pessoas que estavam na sala e apagou”, conta uma estudante.

Os adolescentes chegaram a filmar a situação, mas os celulares teriam sido confiscados pela diretora da escola, que apagou os vídeos.

A diretora confirma a versão e diz que solicitou aos alunos que apagassem os vídeos, porém enviou para o seu aparelho de celular dois vídeos com conteúdo do ocorrido, e os encaminhou para a SEC para que integrem a sindicância contra o professor.

O Ministério Público do Estado informou que o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) tomou conhecimento do caso nesta terça-feira (23) e que tomará providências a partir das Promotorias de Justiça da Infância, Criminal e da Educação.

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