O ano não foi simples, principalmente para quem tem filhos nas escolas, foram muitas incertezas e dificuldades por causa do isolamento social que obrigou as aulas a serem online e a crise. Isso tudo fez com que aumentassem as preocupações com a educação dos filhos e, para que tem filho em escolas particulares, com as dificuldades de pagar as mensalidades.
Contudo, para o próximo ano, com a vacina, o cenário é menos obscuro, e a vida terá que seguir com os pais mantendo seus filhos nas escolas. Independentemente se os pais optarem por escola pública ou privada, ponto invariável é que chegou o período de pensar nesse tema e realizar as matrículas ou rematrículas, e para que optou pelas escolas particulares, buscar as melhores condições financeiras.
Os avisos de rematrículas escolares já estão sendo enviados pelas escolas e os pais já devem pensar nesses valores que, mais que nunca, terão impactos nas finanças das famílias. Com dificuldades financeiras, muitos pais já pensam em mudar os filhos de escola, mas alerto que o investimento na educação deve ser priorizado e mais bem planejado, afinal de contas, é o futuro dos filhos que estará em jogo.
O planejamento na hora de definir sobre a matrícula em uma escola deve levar em conta diversos pontos, que vão além das questões geográficas e financeiras, observamos que nesse momento de crise um diferencial muito grande foi a capacidade de se adequar. Também é necessária uma análise profunda da instituição que seu filho frequenta ou frequentará, avaliando se essa está realmente preparando ele para a vida adulta.
Pontos a considerar
Um ponto primordial é saber os diferenciais oferecidos pela escola. Cito, por exemplo, o fato de centenas de escolas já oferecerem em suas grades curriculares conteúdos de educação financeira, o que prepara os jovens para realizar mais sonhos e consumir de forma consciente, o que deve ser priorizado pelos pais.
Mas, além desses diferenciais que devem ser questionados, também existem outros pontos que devem ser levados em conta antes da matrícula. Antes de qualquer coisa, deve-se conversar com as crianças para saber como elas estão, se gostam de onde estudam e se pretendem continuar lá.
Também se deve levar em consideração se consegue pagar a mensalidade e todas as outras despesas envolvidas (uniforme, lanche, material escolar, passeios eventuais e transporte).
Hora de negociar
Um ponto fundamental nesse momento é negociar. Caso a situação não esteja favorável após esse verdadeiro Raio X das finanças, não tenha medo de conversar com o financeiro da escola e pedir descontos, pois isso faz parte do nosso cotidiano e na educação dos filhos não poderia ser diferente. Muitas pessoas evitam pedir descontos e deixam de economizar para manter um certo status ou até mesmo por timidez.
Mas como fazer isso? O primeiro passo é agendar uma reunião com a diretoria da escola e expor a situação (essa pode ser online). Explique que está passando por algumas limitações financeiras e, para não pesar no orçamento, veja a possibilidade de parcelar o valor da matrícula, evitando assim contrair dívidas ou até se tornar inadimplente.
Quanto mais cedo for essa conversa, mais chance de ter sucesso na negociação. Um bom argumento para conseguir descontos é verificar a possibilidade de adiantar pagamentos da mensalidade na hora da matrícula, assim a escola terá um sinal de segurança que os valores serão pagos o ano todo.
Não deixe de pesquisar. Um bom negócio sempre está atrelado a uma boa pesquisa, portanto para ser ter um parâmetro de valores, busque consultar outras escolas com qualidade equivalente para poder ter mais argumentos na hora de negociar, além de também ficar por dentro das inovações e benefícios que a escola oferece para o ano letivo.
Por último lembre-se: uma negociação bem-sucedida deve agradar tanto a escola quanto aos pais, por isso haja com cordialidade e não tenha pressa em bater o martelo. Caso esteja satisfeito com a escola e elogie o que ela tem de bom, demonstrando assim boa vontade para chegar em um acordo benéfico para ambos os lados. Porém fique atento: as escolas também têm suas políticas e limites de valores, o bom senso nunca é demais.