Segundo dados do IBGE 5,5 milhões de brasileiros são afetados com a hérnia de disco, em sua maioria homens 30 a 50 anos, sendo a segunda doença que mais afasta os brasileiros do trabalho. Na hérnia de disco, a lombalgia é um sinal importante, sendo que em 76% dos casos há antecedente de dor lombar.
A lombalgia está presente em 80% da população mundial adulta, sendo que de 30 a 40% destas pessoas apresentam de forma assintomática hérnia de disco lombar. A dor lombar ocupacional é a maior causa isolada de transtorno de saúde relacionado com o trabalho e de afastamento, incapacitando trabalhadores com menos de 45 anos de idade, com predileção por adultos jovens e é responsável por 1/4 dos casos de invalidez prematura.
MAS O QUE É HÉRNIA DE DISCO?
Hérnia de disco é a projeção da parte central do disco intervertebral (núcleo pulposo) para fora do anel fibroso. Ocorre geralmente póstero-lateralmente, em virtude da falta de ligamentos que sustentem o disco nessa região. Nossa coluna é composta de aproximadamente 32 vértebras.
Entre cada vértebra há um disco que serve como um amortecedor e também serve para dar a capacidade de movimento a nossa coluna, que apesar de ter ossos se move em todas as direções. O mau uso que fazemos de nossa coluna como a má postura, o sedentarismo, excesso de atividade física, causas genéticas, fumo, má alimentação, pouca ingestão de água, excesso de peso, etc. leva a um processo de desgaste gradual dos discos intervertebrais.
Várias são as regiões que podem se desgastar e quando esse desgaste atinge o disco pode provocar a hérnia de disco. A hérnia de disco é uma
patologia de origem mecânica que atinge os discos.
TRATAMENTO
Sobretudo conservador. Segundo a Academia Americana de Cirurgiões Ortopedistas, 90% dos pacientes podem ser tratados com tratamento conservador. Em outros estudos mais recente essa porcentagem aumenta: 95% das pessoas que sofrem com a hérnia de disco não precisam realizar cirurgia na coluna vertebral, podendo tratar com método não invasivo.
Pacientes com hérnia de disco devem ser tratados por meios não cirúrgicos a não ser que o paciente apresente perda progressiva da função motora, bexiga ou intestino ou tenha dor exagerada que não diminui com o tratamento conservador. (Érico, Spine 1995).
Revisões atuais comprovam que com reabilitação agressiva e controle apropriado de dor pode ser uma opção superior quando considera-se custo, complicações e morbidade associada a cirurgia.
NA PRÁTICA
O diagnóstico da hérnia de disco pode ser feito através de uma avaliação física detalhada, observação dos sintomas, histórico do paciente
e de exames, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que servem para avaliar o disco, e saber se os sintomas referidos condizem com as imagens do exame. Estes facilitam a compreensão do que desencadeou a hérnia de disco.
O tratamento tem como fundamentação agir na causa da dor, que é a compressão nervosa pela degeneração do disco intervertebral. Consegue-se boas respostas em reidratação do mesmo pela tração computadorizada e pela flexodescompressão (macas especiais). Associado à isso, também utiliza-se várias outras técnicas e condutas de manipulação vertebral e terapias manuais no intuito de melhorar a mobilidade da coluna.
Por: Igor Gomes – Fisioterapeuta C.O pela Escuela de Osteopatia de Madrid | CREFITO – 179433 | [email protected] | @drigorgomess | 98 988792361 | Av. dos Holandeses, 2, Ed. Marcus Barbosa, Intelligent Office, Sala 905. Calhau. São Luís