O 1º Tribunal do Júri de São Luís condenou Wemerson Costa Ribeiro a 10 anos e 20 dias de reclusão, por tentar matar sua ex-companheira Francilene Gomes Ribeiro, grávida do acusado. A mulher recebeu várias facadas e, em consequência, o bebê morreu perfurado. O crime ocorreu no dia 25 de janeiro de 2014, no quarto de uma pousada, no Centro da capital.
O réu foi condenado por tentativa de homicídio e por provocar aborto na vítima que estava no sétimo mês de gestação.
Na sentença, a juíza titular da 1ª Vara do Júri, Rosângela Santos Prazeres Macieira, diz que o réu agiu de forma premeditada, valendo-se do relacionamento que mantinha com Francilene Gomes Ribeiro, para atraí-la ao local do crime e efetuar vários golpes de faca na vítima. Afirma também que o ato criminoso foi cometido em local fechado para impedir a fuga da ex-companheira.
O réu já respondia o processo criminal solto, e a juíza vislumbrou a não ocorrência de motivos para a prisão. Portanto, foi concedido ao acusado o direito de recorrer da decisão do júri popular em liberdade. O crime não foi tipificado como feminicídio, pois ocorreu anterior à Lei nº 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), mas foi considerado violência contra a mulher.
Em seu interrogatório durante a instrução do processo, Wemerson Costa disse que no dia dos fatos ligou para Francilene Gomes, com quem conviveu durante um ano e dois meses, para que se encontrassem no Anel Viário. O pretexto era para que vítima lhe entregasse objetos pessoais e documentos. O réu relatou que em seguida foram para a pousada, onde consumiram bebida alcoólica e discutiram, mas não se lembra do que aconteceu depois.