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Rodoviários de São Luís decretam estado de greve

A qualquer momento, a categoria afirma que pode parar as atividades na cidade.

Fonte: Luciene Vieira

SÃO LUÍS – Em assembleia presencial, durante a manhã e tarde dessa quarta-feira (2), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), localizado na Rua Afonso Pena, no Centro da capital, motoristas e cobradores entraram em estado de greve, mas não anunciaram o dia da paralisação.

“A qualquer momento, durante as 72 horas de estado de greve, poderemos decidir por greve”, enfatizou o presidente do Sttrema, Marcelo Brito.

A categoria quer 15% de reajuste salaria, R$ 80 de tíquete alimentação e que seja dado o direito de colocar uma pessoa como dependente no plano de saúde do funcionário.

Marcelo Brito reforçou que a situação de estado de greve evoluir para uma greve dependerá se existir ou não abertura de negociação por parte das empresas do transporte público. A assembleia aconteceu em dois momentos, pela manhã e tarde, cujo objetivo foi para que todos os trabalhadores pudessem participar.

O presidente do Sttrema levantou a possibilidade de que o movimento paredista ocorra na próxima semana. “Porém, isto depende muito se ocorrerá ou não alguma negociação daqui para lá. Caso nada aconteça iniciaremos a próxima semana avaliando a greve”, frisou Marcelo.

Desde dezembro do ano passado, o Sttrema teria encaminhado para o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) a proposta da nova Convenção Coletiva de Trabalho.

O Sttrema informou que algumas reuniões entre as partes (trabalhadores e patrões) já aconteceram, mas até o momento, o SET não apresentou nenhuma contraproposta. Os empresários alegaram que não têm condições de conceder qualquer percentual de reajuste salarial aos trabalhadores.

ÚLTIMA GREVE

A última greve dos rodoviários ocorreu em outubro de 2021. Foram mais de dez dias de paralisações, quando o pedido da categoria era o reajuste salarial de 13%. Desde aquela época, os rodoviários já queriam o tíquete de alimentação no valor de R$ 800 e a inclusão de um dependente no plano de saúde.

Na ocasião, o SET ingressou com ação judicial perante o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, por considerar que o direito de greve não era absoluto.

A greve somente teve fim no dia 29 de outubro de 2021, quando a Prefeitura de São Luís anunciou um ‘auxílio emergencial’ para o Sindicato das Empresas de Transporte, no valor de R$ 8.250.000, divididos em três parcelas, que seria suficiente para atender à reivindicação dos rodoviários.

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