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Sem acordo após audiência, risco de nova greve dos rodoviários aumenta em São Luís

Garagem de uma empresa de ônibus amanhecerá de portas fechadas, nesta sexta-feira, segundo o sindicato.

Fonte: Aidê Rocha

Terminou sem acordo a audiência de mediação entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transportes (SET), realizada nessa quinta-feira (10). O encontro ocorreu na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), no bairro do Calhau, em São Luís.

De acordo com informações do órgão, durante a audiência, que foi mediada pelo procurador do Trabalho Marcos Rosa, os representantes dos rodoviários e das empresas de transporte não chegaram a um denominador comum, a respeito do reajuste salarial da categoria, referente à data-base de 2022.

Na ocasião, o procurador ressaltou que o MPT-MA segue à disposição para contribuir com as negociações e aguarda uma solicitação dos sindicatos para a realização de uma nova audiência.

Os empregados do transporte coletivo pedem um aumento de 15%, tíquete alimentação no valor de R$ 800 e a inclusão de mais um dependente no plano de saúde da categoria. Entretanto, a proposta dos patrões foi de apenas 5% de reajuste para o salário e tíquete alimentação.

Representantes da Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e Procuradoria Geral do Município (PGM), e da Agência Estadual de Mobilidade Urbana e Serviços Públicos (MOB), também, estiveram presentes na audiência.

GARAGEM FECHADA

Antes de iniciar a audiência, em conversa com a equipe do Jornal Pequeno, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, relatou sobre a falta de compromisso de algumas empresas que continuam com salários atrasados, desde o ano passado. A garagem de uma delas, inclusive, deverá amanhecer fechada nessa sexta-feira (10).

“A empresa é a Planeta, antiga São Benedito. Vai amanhecer com a garagem parada. São quatro meses devendo o trabalhador”, pontuou.

Desde o dia 2 deste mês, os rodoviários decidiram, durante assembleia geral, por decretar estado de greve, podendo ocorrer paralisação geral dos trabalhadores a qualquer momento.

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