Covid-19 deve mudar status de pandemia para endemia no segundo semestre

Cenário está sendo considerado pelo diretor do Instituto Butantan, de São Paulo, o médico Dimas Covas.

Fonte: Redação / Valor

A partir do segundo semestre, países com vacinação mais avançada, entre eles o Brasil, deverão não mais estar sob uma pandemia, mas em uma endemia provocada pelo coronavírus. É esse o cenário que está sendo considerado pelo diretor do Instituto Butantan, de São Paulo, o médico Dimas Covas. Isso significa que a doença deixará de ser tratada como uma crise sanitária uma situação de emergência para se tornar algo mais controlado e estável, o que não necessariamente significa que a doença estará vencida.

Se a possibilidade de fato acontecer, a Covid apenas será vista como uma doença constantemente presente no meio ambiente, sem aumentos significativos dos casos. Porém, mesmo que a endemia esteja em um estágio abaixo da pandemia na classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), Covas pontua que nem todas as medidas de prevenção podem ser excluídas de repente.

Além disso, destaca que esse cenário pode ser comprometido caso novas variantes perigosas continuem surgindo, o que não é impossível, já que as populações de países mais pobres ainda estão com taxas de vacinação muito baixas.

“Não adianta os países ricos supervacinarem as suas populações se nos países pobres a população não está vacinada”, afirmou.

Covas também falou sobre a ideia de uma quarta dose de vacina contra a Covid-19. Ele lembrou que atualmente o país restringe mais essa dose a um grupo menor de pessoas, os imunossuprimidos, que não respondem bem ao imunizante. Segundo ele, o que está sobre a mesa no momento é o desenvolvimento de uma nova vacina que será recomendada para a população tomar anualmente.

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