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Com repasse de R$ 4 milhões mensais, SET deveria ter garantido reajuste dos rodoviários e evitado a greve, afirma secretário

Declaração é do secretário de Governo da Prefeitura, que apresentou o termo de acordo do auxílio emergencial para o sistema de transporte público.

Fonte: Redação

O secretário de Governo da capital, Enéas Fernandes, apresentou, em entrevista coletiva, nessa quinta-feira (17), o termo de acordo do auxílio emergencial para o sistema de transporte público da capital. O titular da Semgov reafirmou que o Município tem cumprido com o que foi pactuado na celebração do acordo.

Ainda segundo o secretário Enéas Fernandes, com o vencimento da dispensa do auxílio, em janeiro de 2022, o sindicato que representa as empresas buscou a Prefeitura de São Luís para solicitar a prorrogação dos repasses por dois meses, tendo o Município consentido com a repactuação. Da mesma forma, também continuará repassando o auxílio emergencial indireto, por meio do “Cartão Cidadão”, ao empresariado, fato que, segundo ele, inviabilizaria o movimento grevista.

“Os valores acordados com o SET e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (Sttrema), em reunião que tivemos em novembro de 2021, eram suficientes para arcar com o que os empregados estavam solicitando para retornarem ao trabalho”, destacou Enéas Fernandes.

O secretário disse que, desde novembro do ano passado, a Prefeitura de São Luís tem auxiliado de forma emergencial o transporte coletivo urbano municipal, com a dispensa de um aporte financeiro direto no valor de R$ 2.500.000 mensais, pelo período de três meses.

Além disso, lembrou Enéas, também lançou o programa “Cartão Cidadão”, garantindo, por igual período, passagens aos trabalhadores que ficaram desempregados durante a pandemia, com uma dispensa indireta de R$ 1.500.000.

“Com as duas medidas, a Prefeitura garantiu um aporte de R$ 4.000.000 injetado mensalmente no transporte público da capital”, ressaltou.

O secretário ainda afirmou que, com a intervenção da Prefeitura de São Luís, o SET deveria ter garantido o reajuste salarial dos trabalhadores rodoviários no percentual de 5% e o aumento dos valores de tíquete alimentação em 6%, resultando na assinatura do termo aditivo à Convenção de Trabalho de 2021.

Ainda com o auxílio, acrescentou Enéas, as concessionárias deveriam ter retornado à operação da frota no quantitativo operacional da Portaria nº 090 de 26 de julho de 2021; “ou seja, 708 ônibus deveriam ter voltado às ruas; gradativamente, os veículos deveriam ter reativado o sistema de arcondicionado desde de 01 de dezembro de 2021, além de ter empreendido outros esforços para melhoria do sistema, o que não ocorreu”, explicou.

“Em virtude dessas obrigações, tanto a Prefeitura de São Luís quanto a população não perceberam o cumprimento dessas obrigações por parte do SET. O Município não só cumpriu com a cláusula em que se comprometeu a pagar um aporte financeiro aos empresários, como também prorrogou o subsídio pelos meses de fevereiro e março, totalizando cinco meses. Portanto, não há como se proceder o fato de que, agora, os valores sejam insuficientes e, por isso, a população tenha que ficar sem transporte”, concluiu Enéas Fernandes, secretário de Governo de São Luís.

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