Em sessão extraordinária, nessa quinta-feira (17), a Câmara Municipal de São Luís recebeu o secretário municipal de Trânsito e Transportes, Diego Baluz, que fora convocado a prestar esclarecimentos sobre a greve deflagrada pelos rodoviários na capital maranhense.
O vereador Marquinhos (DEM) iniciou os questionamentos mostrando, de cara, como seria o ritmo da sessão, manifestando insatisfação diante do quadro em que a cidade se encontra, enfrentando mais uma greve em curto espaço de tempo. O parlamentar destacou a “falta de diálogo” do executivo com o parlamento e, principalmente, segundo ele, com a população, além de exigir soluções para o problema.
Diego Baluz antecipou que não tempo teve suficiente para levantar todas as informações solicitadas no requerimento da Câmara, o que causou descontentamento entre os vereadores.
“A planilha de custos é extremamente técnica e complexa, e exige o levantamento de inúmeros dados. Fui notificado por esta Casa ontem, às 16h, tomei ciência da notificação às 17h, e enviei um pleito a esta Casa para adiar a sessão exatamente para ter tempo suficiente de levantar, com a minha equipe técnica, todos os dados que compõem essa planilha de custos. É um tempo muito exíguo de ontem, às 17h, até hoje, para que eu faça o levantamento de toda essa planilha de custos de forma a apresentar aqui pra vocês”, justificou.
O requerimento exigia a apresentação da planilha de custo da operação do transporte coletivo municipal, detalhes sobre a fonte do recurso destinado ao auxílio emergencial concedido ao transporte público de São Luís, alem de informações sobre a tarifa da operação do transporte coletivo. O secretário alegou que nada disso pode apresentar, “por falta de tempo”.
Entre os vários questionamentos feitos pelos parlamentares, muitos sem respostas objetivas, os próprios vereadores sugeriram algumas formas de combater esse problema de greve que sempre atormenta a população.
Propostas apresentadas pelos vereadores:
– Criação da Agência Reguladora do Transporte Público Municipal, para intermediar o assunto entre
a população e o parlamento, com o propósito de garantir direitos aos usuários.
– Busca de apoio do governo do Estado para dialogar e encerrar a greve, por meio de uma comissão
formada por vereadores.
– Criação de um Fundo Municipal para que haja anualmente recursos destinados para dar suporte ao
sistema do transporte público.
– Regulamentação do transporte alternativo.
– Decreto com urgência para que as linhas alternativas atuem regularmente nesse momento de greve.
– Promulgação de proposta de lei que impeça que motoristas acumulem a função de cobrador no
transporte coletivo de São Luís.