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Thaynara OG participa de roda de conversa do projeto “Menina Cidadã” em São Luís

Meninas Líderes da Macrorregião da Cidade Operária realizaram o “Café pela Dignidade”.

Fonte: Luciene Vieira

O projeto Menina Cidadã busca incentivar a participação de três mil jovens. A informação foi repassada pela chefe do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em São Luís, Ofélia Silva, durante um café com roda de conversa, que aconteceu na manhã dessa terça-feira (8), na Escola Estadual Maria José Aragão, no bairro da Cidade Operária.

Ontem, foi comemorado o Dia Internacional da Mulher, e as Meninas Líderes daquela comunidade demarcaram a nova agenda de mobilização para o enfrentamento do racismo e violência com base no gênero.

O Projeto Menina Cidadã busca meninas em grupos comunitários e escolas de cinco áreas na macrorregião da Cidade Operária e seu entorno, que são o Itaqui-Bacanga, Vila Luizão, Cidade Operária, Coroadinho e área rural. Por meio da iniciativa, que fortalece as habilidades das jovens como líderes de suas comunidades, são realizadas oficinas, atuação com o sistema de garantia de direitos, produção de encontros comunitários, atividades de escuta acolhedora e exercícios de comunicação não violenta, entre outros.

“O trabalho na macrorregião da Cidade Operária existe desde 2019. Ele se configurou como um coletivo quando as medidas amadureceram seu processo de compreensão social”, informou Ofélia Silva.

A chefe do escritório da Unicef citou ainda que, no fim de 2021, as meninas integrantes do projeto Menina Cidadã escreveram uma carta-demanda com reivindicações. O documento listou propostas de ações e políticas públicas, que garantissem melhorias para a população da macrorregião da Cidade Operária.

A carta-demanda foi entregue para diversas autoridades, como Defensoria Pública do Estado e Ministério Público do Maranhão.

Com base na Carta-Demanda a DPE e as Meninas Líderes do Projeto Menina Cidadã estão monitorando o funcionamento de equipamentos de saúde e educação (como postos de saúde e escolas) existentes na região.

“Há desafios de todo o tipo. Como em todos os centros urbanos, há os desafios de políticas públicas. Nós sabemos que precisamos de mais escolas, melhores serviços de atenção e saúde e segurança pública. Essa combinação de fatores, quando se olha para o território é uma combinação de fragilidades”, enfatizou Ofélia.

Uma das primeiras iniciativas do projeto Menina Cidadã foi a revitalização da Praça do Viva, na Cidade Operária, ainda em 2019. Durante a reforma, segundo Ofélia, as 30 meninas que integram atualmente o projeto escutaram outros jovens, e, a partir disso, levaram propostas deles para o governo do Estado, que incorporou os pedidos ao espaço do Viva, como um anfiteatro e área de esporte.

EVENTO

O encontro do Coletivo Menina Cidadã, realizado ontem na Escola Estadual Maria José Aragão, teve a participação de Thaynara Oliveira Gomes, mais conhecida como Thaynara OG, embaixadora do Unicef desde 2020.

“Temos que entender nossa missão. Sempre tive essa posição de embaixadora do Unicef como uma responsabilidade gigante. Mesmo quando eu me achava um grão de areia no deserto, eu já queria fazer a minha parte para transformar o mundo”, declarou Thaynara.

Na programação do Projeto Menina Cidadã, há ainda a mobilização de meninos e meninas das escolas estaduais e municipais, representantes dos Cras e Creas e a comunidade entorno. A intenção é que eles participem de revoada de pipas, roda de conversa, oficinas de turbantes, panfletagem e ciranda e conheçam a música decorrente da carta-demanda escrita pelo Coletivo Menina Cidadã, demandando dos gestores públicos ações claras de prevenção à violência.

Além dessas atividades, muros estratégicos serão grafitados com mensagens de enfrentamento do racismo e da violência de gênero.

“Quando o projeto surgiu, ainda em 2019, chegamos a fazer enquetes, e um dos problemas mais citados por quem participou da pesquisa foi a falta de segurança pública e saneamento básico. Sempre estamos plantando algo de bom, por meio do projeto, para que seja cultivado e, desta forma, a macrorregião da Cidade Operária oferte melhores condições de moradia”, concluiu a universitária Verônica Ayres, de 18 anos, que desde 2019 faz parte do projeto.

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