A inflação registrou alta de 1,01% em fevereiro de 2022, sendo essa a maior variação para um mês de fevereiro desde 2015 (1,22%). O índice ficou 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%) e, no ano, acumula alta de 1,56%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,54%.
No que diz respeito aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram alta de preços em fevereiro. O menor resultado foi observado na região metropolitana de Porto Alegre (0,40%), em função da queda nos preços da gasolina (-4,33%). A maior variação, por sua vez, ficou com o município de São Luís (1,35%), principalmente por conta das altas dos cursos regulares (7,67%) e dos itens de higiene pessoal (2,27%).
Os principais impactos vieram da Educação (5,61%) e da Alimentação e Bebidas (1,28%).
“Em fevereiro, são incorporados no IPCA os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. Com isso, esse foi o grupo que teve o maior impacto no mês, contribuindo com 0,31 ponto percentual. O outro grupo que pesou bastante no mês foi o de Alimentação e bebidas, que acelerou para 1,28% e contribuiu com 0,27 ponto percentual. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA de fevereiro”, ressalta o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.
IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
São Luís | 1,62 | 0,54 | 1,33 | 1,88 | 10,72 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,60 | 1,32 | 1,94 | 10,06 |
Curitiba | 8,09 | 0,47 | 1,28 | 1,76 | 13,17 |
Aracaju | 1,03 | 0,90 | 1,26 | 2,18 | 10,94 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,80 | 1,07 | 1,88 | 10,47 |
Campo Grande | 1,57 | 0,62 | 1,06 | 1,68 | 11,18 |
São Paulo | 32,28 | 0,63 | 1,05 | 1,69 | 10,26 |
Belém | 3,94 | 0,65 | 0,97 | 1,62 | 8,37 |
Recife | 3,92 | 0,41 | 0,97 | 1,38 | 10,53 |
Rio Branco | 0,51 | 0,87 | 0,93 | 1,80 | 11,76 |
Brasília | 4,06 | 0,49 | 0,93 | 1,43 | 9,55 |
Goiânia | 4,17 | 0,74 | 0,91 | 1,66 | 11,49 |
Vitória | 1,86 | 0,57 | 0,86 | 1,44 | 11,50 |
Salvador | 5,99 | 0,86 | 0,83 | 1,70 | 11,33 |
Fortaleza | 3,23 | 0,73 | 0,77 | 1,50 | 10,25 |
Porto Alegre | 8,61 | -0,53 | 0,43 | -0,10 | 9,66 |
Brasil | 100,00 | 0,54 | 1,01 | 1,56 | 10,54 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
No grupo Educação (5,61%), o maior impacto (0,28 p.p.) veio dos cursos regulares (6,67%), com destaque para o ensino fundamental (8,06%), a pré-escola (7,67%) e o ensino médio (7,53%). Os preços dos cursos de ensino superior e de pós-graduação subiram 5,82% e 2,79%, respectivamente. Os cursos diversos, por sua vez, tiveram alta de 3,91%, sendo que a maior variação dentro do item veio dos cursos de idioma (7,29%).
Já o grupo de Alimentação e Bebidas registra sucessivas altas desde o início da atual série, em janeiro de 2020, sendo a única exceção o mês de novembro de 2021, quando teve variação de -0,04%. Em 12 meses, esse segmento acumula alta de 9,12%.