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Comunidades camponesas ocupam a sede do Incra em São Luís

Manifestantes pedem o fim da aplicação de agrotóxico nas plantações de soja, que afetam as áreas agrícolas dos pequenos produtores.

Fonte: Luciene Vieira

Camponeses de 50 assentamentos localizados em Imperatriz, Estreito, Coelho Neto, Duque Barcelar, Itapecuru, Vagem Grande, Chapadinha, Nina Rodrigues, Açailândia, Itinga, governador Edson lobão, Buriti, Afonso Cunha, Pindaré, Newton Bello, João Lisboa, Senador La Roque e Igarapé do Meio, ocuparam a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), nessa segunda-feira (11). O prédio do Instituto está localizado, atualmente, na Rua H, do Jardim Atlântico, no Conjunto Habitacional Turu.

A ocupação das comunidades foi pacífica, e elas reivindicavam a regularização das terras onde vivem. Além disso, os camponeses pedem o fim da aplicação de agrotóxico nas plantações de soja, que afetam as áreas agrícolas dos pequenos produtores.

Outras questões da pauta de reivindicação é a criação de novos assentamentos; do acesso aos créditos fomento família, mulher e habitação; garantia de infraestrutura de estradas; desapropriação e regularização fundiária.

De acordo com Vânia Ferreira, que faz parte da coordenação do Movimento dos SemTerra (MST), os conflitos agrários intensos, que estão acontecendo por todo estado, ocorrem devido ao avanço desenfreado do agronegócio, da mineração e invasão de territórios tradicionais pelos latifundiários.

“Os fazendeiros jogam veneno nas plantações, e isto está afetando, principalmente, a saúde dos camponeses. Os plantadores de soja cometem o desmatamento desenfreado, e querem a retiradas de famílias dos locais onde elas estão há muito tempo, e por isso já tem direito sobre as terras”, declarou Vânia.

REUNIÃO

A ocupação do Incra ocorreu durante toda a manhã de ontem, com o total de 219 pessoas. Houve uma reunião dos ocupantes com a presidente do Incra, Levi Pinho Alves; a secretária da Sedihpop, Amanda Costa; e o presidente do Iterma, Anderson Pires.

“Entregamos nossa pauta, e até a próxima semana estes órgãos ficaram de nos dar soluções. Logo após a reunião desocupamos o Incra”, finalizou Vânia.

JORNADA

A ocupação ocorreu no mesmo dia da jornada “Reforma Agrária Popular: Por Terra, Teto e Pão”. A jornada tem como desafio ser mais um instrumento de denúncia do modelo destrutivo do agronegócio e contribuir nas lutas gerais da classe trabalhadora, posicionando o nosso projeto político na luta contra a fome, a carestia e o desemprego.

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