“O objetivo é garantir a moralidade no pagamento dos cachês. Não vamos realizar o pagamento de cachês milionários a bandas de fora e sim vamos atender nosso público, nossas entidades folclóricas”, com essas palavras, o secretário estadual de Cultura, Paulo Victor, afirmou que as festas juninas vão priorizar os grupos e artistas locais, para garantir a diversidade das apresentações culturais do Maranhão.
A afirmação foi feita durante reunião com o procurador-geral de justiça, Eduardo Nicolau, nessa quinta-feira, 28, em encontro que foram debatidas as medidas preparatórias para o São João do Maranhão.
Eduardo Nicolau destacou que o MPMA é a favor da cultura e suas diversas manifestações são um patrimônio histórico do povo e da identidade dos maranhenses. “Nós nunca nos opusemos à realização das festas, e é preciso deixar isso bastante claro. Recentemente, o Ministério Público se manifestou contra o pagamento de cachês exorbitantes, em alguns casos, milionários, para poucas horas de shows, em cidades com graves problemas sociais e onde há ações buscando resolver necessidades básicas da população”, explicou.
O procurador-geral de justiça enfatizou, ainda, que o MPMA ingressou com ações nos municípios de Bacabal, Barra do Corda e Vitória do Mearim contra essas situações, mas jamais se opôs ao São João. “Não é justo ignorar a precariedade nos serviços de saúde, educação, saneamento básico, dentre outros serviços essenciais, enquanto se pagam valores milionários para artistas de outros estados se apresentarem por poucas horas”.
Em relação ao impacto econômico e social, o secretário estadual destacou a repercussão na economia local. “Quando a gente paga um cachê não se trata apenas da atração, mas também o profissionalismo dos fazedores da cultura. Além disso, a economia e o comércio informal giram. É muito importante a gente incentivar a cultura de maneira responsável, focando na população”.