AGRISHOW 2022 – O agro brasileiro, mais uma vez, mostrou sua força. E que força!

O agronegócio brasileiro, mais uma vez, mostra toda a sua força e que nunca parou

Fonte: Antônio Oliveira

 

 


Por Antônio Oliveira

O agronegócio brasileiro, mais uma vez, mostra toda a sua força e que nunca parou, inobstante a uma pandemia que freou e quase que estacionou praticamente todos os outros setores da economia nacional e internacional. O Agro não se deixou abater.

Está ficando muito claro por meio dos números apurados nas grandes feiras de tecnologias para os agronegócios, já realizadas neste ano. Os últimos números, mais que animadores, apontam para a importância do setor no Brasil e exigem mais apoio creditício e estrutural para todo tipo de produção de alimentos, fibra, biomassa e bioenergia, principalmente em novas fronteiras e regiões agrícolas consolidadas no Brasil Norte e Nordeste, principalmente.

Esses números são da Agrishow 2022  (27ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que terminou nesta sexta-feira, 29, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, um dos maiores polos de Agro do Brasil. Conforme seus organizadores, o total das vendas de máquinas agrícolas, implementos, caminhões, sistemas de irrigação, armazéns, silos etc., foi da ordem de R$ 11.243 bilhões. Imagina o que isto significa em termos de empregos e renda nestes tipos de indústria e comércio!

 

O público visitante da feira, em sua maioria, produtores rurais, social e economicamente, de todos os tamanhos, oriundo de várias partes do Brasil e do mundo, foi 193 mil pessoas.

Vamos recordar para vermos o que estes números significam:  a edição da Agrishow de 2019, a última antes da pandemia, os negócios realizados no evento somaram R$ 2,9 bilhões e o público visitante, 159 mil pessoas. Ou seja, o crescimento da edição 2022, em relação a de 2019, foi de 287%. Isto é sensacional, mostra o outro país: “O Brasil que produz”, frase deste articulista que já virou bordão – nos meus escritos e falas de agro, diga-se.

Deixo que o presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), copromotora da Agrishow. Ele espelha o meu otimismo ou até define a feira melhor do que eu. “Essa foi a melhor feira de sua história, onde, inclusive, tivemos a oportunidade de apresentar a pujança do nosso setor e, em decorrência, as necessidades para o próximo Plano Safra. O Brasil precisa crescer e o crescimento está no agro”.

É oportuno dizer: o bom momento do agronegócio brasileiro não está apenas em campo e nas feiras. Está, também, no jornalismo de agronegócio, cujos profissionais protagonizaram um feito inédito, após anos de muitos profissionais de imprensa demonizar o setor, recusar ou até ter dificuldades de exercer esta área da imprensa, por falta de afinidade e compreensão do setor. Durante a Agrishow, um grupo deles, representando centenas de jornalistas e influencer desta editoria, criaram  a Rede Brasil de Jornalistas Agro (uma associação que congrega estes profissionais especializados). Isto é alvissareiro.

Novas feiras regionais e com projeção nacional, como a Agrotins, em Palmas (TO); Agrobalsas, em Balsas (MA); ExpoSoja, em Uruçui (PI) e Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães (BA), estão prestes acontecer, deste mês de maioaté o final do ano e têm tudo para reafirmarem o recado da Agrishow 2022: “O agro não pára, é forte e é a locomotiva da economia brasileira”.

E a piscicultura? Como jornalista, também dedicado a este setor, não poderia deixar de incluí-la neste simples ensaio. Ela é o setor que mais tem crescido nos agronegócios brasileirosnos últimos 5 anos.

De acordo com Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas-TO) e a Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), as exportações da piscicultura brasileira seguem com crescimentos expressivos. Conforme as duas instituições, no primeiro trimestre deste ano, foram 46% maiores, em toneladas, do que no mesmo período de 2021. Em valores financeiros totais, o aumento foi muito maior: 119%. Respectivamente, as exportações brasileiras de peixes somaram 2,5 mil toneladas e U$ 7 milhões entre janeiro e março deste ano.  Tilápia continua líder brasileira em produção, consumo e exportação. É o outro “Brasil que produz”.

E já que estou escrevendo aqui no Maranhão (num trabalho de assessoria do Agrobalsas) , exclusivamente para um dos maiores veículos de comunicação deste estado, a piscicultura maranhense é uma das que mais crescem no Brasil. É, conforme o Anuário PeixeBR 2022, o 6º maior produtor brasileiro de peixes de cultivo (em 2020, ocupava a 5ª posição). Em 2021, produziu 46,500 toneladas de pescados. E tem muito espaço para crescer e uma das melhores políticas publicas para o setor.

Isto é, também, muito bom, “é bão  dimais”.

*Antônio Oliveira é jornalista, radialista, escritor e editor e diretor da Cerrado Editora, Comunicação e Eventos.

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