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Polícia indicia donas de escola e auxiliar por tortura de bebês

Elas foram indiciadas também por maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento contra alunos.

Fonte: Redação / Kleber Tomaz e Deslange Paiva

Duas donas e uma funcionária da Escola Infantil Colmeia Mágica, na Zona Leste de São Paulo, foram responsabilizadas criminalmente por tortura contra nove crianças. Em vídeo que circulou nas redes sociais, os bebês aparecem amarrados e chorando dentro do banheiro da creche. O caso aconteceu em março deste ano.

A Polícia Civil concluiu o inquérito nessa segunda-feira, 2, e indiciou as investigadas por tortura, maus-tratos, associação criminosa, perigo de vida e constrangimento.

O relatório final da investigação das irmãs Roberta e Fernanda Semer e da auxiliar de limpeza Solange Hernandez foi encaminhado para análise do Ministério Público (MP), que decidirá se denuncia ou não as mulheres pelos crimes. Se a Justiça aceitar as acusações da Promotoria, as três se tornarão rés no processo.

As donas da escola estão presas preventivamente pelos crimes. Roberta foi detida na quinta (28 de abril) após se entregar em uma delegacia em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Ela estava foragida havia mais de um mês. Fernanda foi capturada antes, na segunda (25), na casa de parentes em Mogi das Cruzes. Solange responde em liberdade.

De acordo com a polícia, além de atrapalharem a investigação, as irmãs Serme se mudaram de suas casas sem informarem os novos endereços à Justiça. Já Solange compareceu na delegacia que investiga o caso e colaborou com a apuração.

De acordo com o que professoras que trabalhavam na escola disseram à polícia, apesar de não participar diretamente dos maus-tratos aos alunos, Roberta era quem amarrava as crianças, acreditando que com isso elas parariam de chorar. Segundo elas, a diretora não suportava ouvir choros dos alunos.

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