O volume de produção industrial no Maranhão aumentou 12,5 pontos em fevereiro, chegando aos 48,6 pontos. Esse crescimento foi maior nas indústrias de médio e grande porte. Apesar da evolução, o índice continua abaixo dos 50 pontos, posição em que permanece desde julho de 2021. O Brasil (47,8 pontos) e Nordeste (46 pontos) também se encontram em desequilíbrio.
Mesmo com avanço de 4,8 e 3,6 pontos, respectivamente, o indicador ainda sinaliza queda da produção, pois a indicação varia de 0 a 100. Abaixo de 50 aponta queda na produção, igual a 50 estabilidade e acima aumento da produção.
O resultado é da Sondagem Industrial do Maranhão, pesquisa elaborada pela Fiema em parceria com a CNI, realizada de 3 a 11 de março com indústrias de vários segmentos no Maranhão (indústria de produtos alimentícios, bebidas, confecções de artigos do vestuário e acessórios, couros, químicos, metalurgia, produtos de metais, móveis).
O estudo também apontou que após sete meses em queda, o índice que mede o número de empregos ultrapassou os 50 pontos, indicando que o número de trabalhadores no setor industrial maranhense cresceu.
O indicador aumentou 1,4 ponto em comparação ao mesmo período do ano passado e 8,3 pontos em relação ao mês anterior. Registro semelhante observou-se quanto ao índice que mede a evolução do nível de estoques, que ultrapassou os 50 pontos e alcançou 52,7 pontos em fevereiro.
O indicador, que já vinha assinalando crescimento há três meses, aumentou 4,8 pontos em fevereiro, demonstrando ampliação do nível de estoques das empresas em relação ao mês anterior.
A Sondagem também revelou que o estoque efetivo (58,3 pontos) se encontra acima do planejado pelas indústrias. O índice obteve 10,4 pontos a mais que o último mês, maior pontuação desde junho de 2020. Esse resultado é decorrência do crescimento de 16,7 pontos que ocorreu nas médias e grandes indústrias.
Segundo a pesquisa, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) foi somente de 55% em fevereiro. O índice que mede o nível de atividade das indústrias cresceu 5 pontos percentuais em relação a janeiro, mas diminuiu 3 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2021.
Dos índices de expectativas para os próximos seis meses, o único que apresentou crescimento foi o de exportação, que evoluiu 33,2 pontos após atingir a menor pontuação dos últimos anos em janeiro. Os demais indicadores – demanda (56,9 pontos), empregados (59,7 pontos) e a compra de matéria-prima (58,3 pontos) – apresentaram queda nas expectativas.
Com declínio de 9,7 pontos, a demanda evidencia a maior queda, porém, todos estão acima da linha divisória de 50 pontos, apontando que os empresários industriais maranhenses estão otimistas para os próximos meses.