Na semana em que se comemora o dia da luta antimanicomial (18 de maio), a Defensoria Pública do Estado do Maranhão por meio do Núcleo de Execução Penal realizou um esforço concentrado para atender os pacientes sentenciados à medida de segurança que se encontram internados no Hospital Nina Rodrigues.
Nos atendimentos, os pacientes com transtornos mentais em conflito com a lei receberam informações sobre o andamento dos processos judiciais, tendo sido identificadas pendências que serão objeto de adoção das medidas cabíveis por parte da Defensoria Pública.
As profissionais do psicossocial da instituição aproveitaram para colher informações sobre os vínculos familiares dos pacientes, de modo a verificar a possibilidade de promoção de iniciativas para tentar ajudar na reaproximação familiar.
De acordo com a Defensoria, muitos desses pacientes judiciários estão com os vínculos familiares rompidos ou fragilizados, o que traz mais obstáculos para o processo de desinternação.
A Dinâmica Equilibrando as Emoções, desenvolvida pela psicóloga Valéria Rodrigues e pela Coordenadora da Psicologia Rafaelly Polary, consistia em que cada paciente recebia um balão para encher de ar e nesse momento deveriam pensar em colocar nele os seus sonhos, desejos, saudades, bons pensamentos.
Após isso, eles jogavam a bexiga para cima e deveriam “equilibrar suas emoções ” e não deixar o balão cair. Ao final todos estouraram e cada um comentou o que havia colocado em seu balão. Momento em que explanavam suas emoções.
Durante a ação, houve também Orientação Farmacêutica realizada pelo Coordenador Farmacêutico Dairton Leon, com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios na saúde, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Foram atendidos 27 pacientes, tendo o espaço físico e a logística sido providenciada pela Diretora Geral do Hospital Nina Rodrigues, Leilane Campos e pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária.
“As atividades promovidas são essenciais para deixar os pacientes a par do andamento dos seus processos judiciais. É um momento também para ouvir as demandas dos assistidos, dando-lhes orientação jurídica e a certeza de que não estão sozinhos, pois a Defensoria Pública está atuando para o resguardo dos seus direitos e pela aplicação do tratamento ambulatorial sempre que for recomendável do ponto de vista médico”, falou o Defensor Público Bruno Dixon.
Na ocasião, participaram das atividades os Defensores Públicos Bruno Dixon e Paulo Costa, as Assistentes Sociais Yamin Silva e Michelle Karen, bem como a Psicóloga Patrícia Costa.