UPAs serão porta de entrada para casos suspeitos da varíola do macaco no Maranhão

A unidade referência para tratamento será o Hospital da Ilha, de acordo com o Governo do Estado.

Fonte: Redação/Assessoria

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), definiu o fluxo de atendimento para casos suspeitos da Varíola do Macaco, causada pelo vírus Monkeypox. O Maranhão notificou o primeiro caso suspeito na noite da quinta-feira (9).

Na Rede Estadual de Saúde, a porta de entrada para os casos suspeitos da varíola do macaco serão as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e a unidade referência para tratamento será o Hospital da Ilha. No interior do estado, as referências da rede estadual também serão as UPAs, onde os pacientes suspeitos ficarão nos leitos de isolamento.

De acordo com o secretário adjunto de Assistência à Saúde da SES (SAAS/SES), Carlos Vinícius Ribeiro, todas as medidas já estão sendo tomadas para atender os pacientes que venham dar entrada nas unidades da Rede Estadual de Saúde com suspeita da Varíola do Macaco. “Todos os esforços estão sendo realizados para que os casos sejam identificados e assistidos de forma adequada”, disse Carlos Vinícius.

Desde o anúncio do aumento dos casos da doença e do início da ocorrência de casos suspeitos próximo ao Brasil, o Governo do Maranhão afirmou que já vinha ampliando a vigilância para o vírus Monkeypox. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde no Maranhão (CIEVS) e o Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen) têm realizado reuniões para garantir a devida orientação aos municípios maranhenses sobre a identificação do caso suspeito, isolamento e a coleta de amostras para confirmação ou descarte de casos, mas, primeiramente, descartando outras suspeitas, como a varicela.

Além disso, estão sendo intensificadas as capacitações com profissionais da Rede Estadual de Saúde para identificação dos casos suspeitos, informou o Governo.

As amostras de casos suspeitos da Varíola do Macaco no Maranhão serão recebidas pelo Lacen, que fará exames laboratoriais para excluir outras patologias, como arboviroses e sífilis. Após essa exclusão, as amostras são encaminhadas para a unidade de referência nacional que, para o Maranhão, é a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Minas Gerais, que vai analisar a amostra para a Monkeypox, mais conhecida como Varíola do Macaco.

São casos suspeitos da Monkeypox pessoas de qualquer idade que apresente início súbito de febre, adenomegalia e erupção cutânea aguda inexplicável. Além destes, outros sinais e sintomas são dor nas costas, fraqueza ou fadiga física e dor de cabeça.

Para não confundir com outras doenças, devem ser excluídas as suspeitas para varicela, herpes zoster, sarampo, zika, dengue, chinkungunya, herpes simples, infecções bacterianas da pele, infecção gonocócica disseminada, sífilis primária ou secundária, cancróide, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal, molusco contagioso (poxvírus) e reação alérgica.

Caso suspeito

O paciente com suspeita da doença é homem, tem 30 anos, residente em São Luís e foi admitido em 8 de junho em unidade da rede pública municipal, sem histórico de viagem. O paciente apresenta sintomas de febre, calafrio, dor de cabeça, ardor nos olhos, dor nas costas e lesões por todo o corpo com coceira. Ele está internado e estável.

O CIEVS/MA e CIEVS São Luís seguem com a investigação epidemiológica e, por sua vez, o Lacen/MA iniciou a análise das amostras do paciente.

Fechar