O princípio de rebelião registrado nesse domingo, 19, por detentos da Unidade Prisional de Bacabal teve como motivação uma relação homoafetiva entre dois custodiados, de acordo com a Polícia Civil do Maranhão.
Revoltados com a situação, sete presos tentaram matar o casal por manter relações sexuais nas dependências de uma das celas. Eles utilizaram barras de ferro para tentar golpear as vítimas, que conseguiram se desvencilhar e correram em direção à grade de saída do pavilhão, pedindo ajuda aos policiais penais.
Os policiais conseguiram agir rápido e evitaram a esganadura das vítimas e o esmagamento de seus corpos. Os detentos utilizaram colchões e blocos de concreto para imprensar as vítimas e asfixiá-las contra as grades do Pavilhão B.
Diante da quantidade de concreto que pressionava os corpos, o SAMU e o Corpo de Bombeiros para cortar algumas barras das grades que dão acesso à saída do pavilhão, e então salvar a vida das vítimas.
Como não conseguiram concluir o homicídio, os presos iniciaram a rebelião na UPR, mas foram contidos pela polícia penal. Após serem identificados, os autores foram encaminhados à Delegacia Regional de Bacabal para os procedimentos cabíveis. Foi realizado o Flagrante e representado pela prisão preventiva de todos os acusados.
L.S.L, J.N.S.M., T.C.P, J.C.S, J.H.P.S, A.S.L.P. e E.S.A, foram atuados em flagrante por tentativa de duplo homicídio qualificado por motivo torpe, racismo por orientação sexual e identidade de gênero, motim de presos e associação criminosa.
Versão inicial
A princípio, os detentos da Unidade Prisional de Bacabal iniciaram a rebelião por insatisfação contra o diretor do presídio, mas após as as devidas apurações, a polícia confirmou que a verdadeira motivação teria sido a relação homoafetiva entre os dois custodiados
O motim foi negociado por policiais do 15º BPM, com reforço das unidades de Barra do Corda, Caxias e São Luís.
Par evitar uma possível fuga em massa dos detentos, uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) entrou na unidade prisional para tentar controlar a situação, com suporte do Centro Tático Aéreo.
Após algumas horas de intervenção, o princípio de rebelião foi controlado por um trabalho conjunto da Polícia Militar e Polícia Penal. Não há registros de feridos nem reféns.