Uma tragédia se abateu sobre as cidades de Toledo e Céu Azul, região oeste do Paraná. Um policial militar matou seis pessoas da família dele e outros dois homens, na noite dessa quinta-feira (14).
Entre os mortos estão dois filhos do agente, uma enteada, a esposa, a mãe dele, um irmão e outras duas pessoas que estavam na rua, e em seguida tirou a própria vida, de acordo com a Polícia Militar.
Fabiano Júnior Garcia, de 37 anos, era lotado no 19º Batalhão de Polícia Militar de Toledo, e servia a corporação há 12 anos. Ele trabalhou normalmente na quinta-feira e deixou o plantão por volta das 19h, conforme a PM.
A PM acredita que, ainda em Toledo, o PM tenha matado a esposa e a enteada de 12 anos. Depois, foi até a casa da mãe dele e a assassinou a facadas. O irmão dele também foi executado com disparos de arma de fogo.
Em seguida, a suspeita é que ele tenha se dirigido para Céu Azul, onde matou os dois filhos que moravam com a avó materna. As vítimas foram baleadas.
A polícia informou que, em seguida, Fabiano retornou para Toledo e atirou aleatoriamente em dois jovens que estavam passando pela região. As vítimas tinham 17 e 19 anos. Por fim, o policial teria tirado a própria vida.
O PM enviou diversas mensagens para os familiares no intervalo entre as mortes, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira.
“Os oficiais tentaram localizá-lo, foi mandado reforço para lá. Ele falou para um oficial que estava fugindo para Foz do Iguaçu, o que não era verdade. Foi tentado de todas as formas para dar voz de prisão a ele”, informou.
O coronel disse ainda que o policial estava em processo de separação e tinha algumas dívidas, conforme relatos de colegas.
“Não tinha nada que desabonasse a conduta do soldado Fabiano. Não tinha nada, era um excelente profissional. Causou estranheza, surpresa e decepção para todos nós essa situação. Está sendo aberto inquérito policial militar pra apurar o fato. Está sendo dado todo suporte psicológico pra família frente a essa situação”, afirmou.
A arma utilizada era da Polícia Militar do Paraná. O carro que era usado pelo agente foi apreendido e era particular. A Polícia Civil investiga a motivação das mortes.
Por meio de nota, a Polícia Militar lamentou o caso e disse que o policial envolvido no caso não tinha registros de problemas psicológicos.
A PM disse que também disponibiliza atendimento psicológico aos policiais da região.