A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 19, que reduziu o preço da gasolina em cerca de 4,92% a partir de amanhã, 20, nas suas refinarias. O valor do litro da gasolina passará a ser de R$ 3,86 – R$ 0,20 menos do que o preço anterior, de R$ 4,06 por litro. A estatal não mexeu no preço do diesel.
A redução de preços do combustível é a primeira realizada na gestão do novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, que assumiu o comando da estatal há menos de um mês após a demissão de José Mauro Coelho. O último reajuste da gasolina havia sido em 17 de junho, quando a Petrobras anunciou um aumento de 5,2% no preço nas refinarias.
Pouco antes do anúncio da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse a apoiadores que tinha confiança de que Caio Paes de Andrade, empossado há três semanas, vai melhorar a interlocução do governo com a estatal, como deseja o chefe do Executivo. “Acho que a Petrobras vai achar seu rumo agora, com novo presidente”, declarou o presidente. Para Bolsonaro, o rumo correto para a Petrobras é cumprir o que chama de “função social” – ou seja, evitar repasse direto ao consumidor das variações do combustível no exterior, como determina a atual política de preços da companhia.
Desde o último aumento da gasolina, o preço do petróleo no mercado internacional tem caído em meio aos temores com uma possível recessão nos países ricos e, em especial, nos Estados Unidos, o que pode reduzir a demanda por combustível. A Acelen, empresa privada que controla a Refinaria de Mataribe, na Bahia, também reduziu o preço da gasolina em cerca de 7% na última sexta-feira.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba”, disse a Petrobras em nota.
O governo vinha fazendo pressão para que a estatal reduzisse o preço da gasolina nas refinarias, que junto com a limitação do ICMS em um teto entre 17% e 18% vai ajudar a frear a inflação, um dos obstáculos para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a companhia.