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Sem abastecimento, moradores compram água há quase um ano, no Vivendas do Turu

No fim do ano passado, a Caema começou a perfurar um poço, que deveria funcionar em janeiro de 2022, mas a obra nunca foi finalizada.

Fonte: Luciene Vieira

No bairro Vivendas do Turu, localizado na região da Chácara Brasil, em São Luís, os moradores dependem da compra de água para beber e cozinhar. As pessoas denunciam que, desde 2021, há uma obra inacabada para perfuração e montagem de um poço tubular profundo, a fim de suprir o abastecimento precário de água na região.

A falta de água faz o servidor público Henrique Ferreira Lemos, de 37 anos, recorrer à casa de familiares, devido ao alto custo com a compra constante do produto.

“Infelizmente, tenho que pagar carro pipa, mas, como o custo é alto, recorro à casa de meus familiares”, frisou Henrique Lemos.

O servidor público informou que mora no Vivendas do Turu há dois anos, e declarou que o abastecimento sempre foi precário. “Nos dias em que há água, chega muito fraca, e sempre na madrugada. Em uma conversa que eu tive na minha vizinhança, descobri que o problema de abastecimento é antigo”, destacou Henrique.

O morador disse ainda que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) começou a construção do poço no fim de 2021. No local, há uma placa que sinaliza a instalação do poço.

Henrique Lemos disse que o prazo para o poço funcionar seria o de janeiro de 2022. “Segundo contrato firmado com a empresa responsável pela construção do poço, cujo documento tenho cópia, a obra era para ter sido finalizada no primeiro mês deste ano. Mas, até hoje, nada… Inclusive, o antigo poço que abastecia a região teve que ser novamente utilizado, pois segundo representantes da própria Caema, o novo poço não iria funcionar, devido à qualidade da água que não foi aprovada pelo setor competente. Ou seja, foram gastos quase R$ 150 mil em um poço que, provavelmente, não vai funcionar”, declarou Henrique.

O servidor público disse ter vários transtornos, devido à falta d’água. “Tenho um filho pequeno em casa, e não possuo cisterna. Chegamos a ficar praticamente um mês sem água”, disse Henrique.

O morador garantiu ter inúmeros protocolos abertos no sistema da Caema. “A orientação é sempre de solicitar via sistema da Caema, sendo que eles sempre dão o prazo de cinco dias úteis, o que quase sempre não é cumprido. Às vezes, o carro-pipa leva mais de dez dias pra aparecer, mesmo com a solicitação aberta”, informou Henrique.

OUTRO LADO

Por meio de nota, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) informou que o abastecimento de água, no Vivendas do Turu, funciona normalmente por meio do poço que abastece a região.

A Caema comunicou, também, que foi realizada a perfuração de um novo poço, que não foi entregue à comunidade devido a água não atender aos requisitos de padrão de potabilidade. Deste modo, a Companhia ressaltou que lacrou o local e estuda novas possibilidades de melhorar o abastecimento na região.

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