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Jovem médica morta em plantão usou anestésico de curta duração, diz polícia

Medicamento geralmente é usado em exames de endoscopia.

Fonte: Redação / Rafael Oliveira

A Polícia Civil descartou a participação de outra pessoa na morte da médica Jayda Bento de Souza, de 26 anos. Ela foi achada sem vida em um banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj), onde fazia plantão, em Pirenópolis, a 122km de Goiânia, no dia 25 de junho deste ano.

Durante a investigação, o delegado Tibério Martins descobriu que a médica usou um anestésico de curta duração, aplicado geralmente em exames de endoscopia. A polícia aguarda agora o laudo que vai apontar a causa da morte.

“O que pode ter acontecido é o uso de uma dose acima do recomendado, e o corpo reagiu de forma inesperada até pela própria médica. Agora, só o laudo vai dizer a quantidade de remédio que estava no organismo dela”, esclareceu o delegado.

Funcionários contaram à Polícia Civil que ninguém do hospital conhecia a médica muito bem para dizer algum possível motivo de ela ter usado o anestésico. Jayda estava trabalhando em seu 2º plantão, conforme a direção da unidade médica.

Colegas relataram desconhecer de onde e como a médica conseguiu o remédio, já que ela não tinha acesso aos medicamentos da farmácia do hospital.

O delegado Tibério Martins disse que a médica era natural de Sanclerlândia e já tinha trabalhado em Iporá.

O CASO

Uma jovem médica foi encontrada morta, no último sábado, 25, no banheiro do Hospital Estadual Ernestina Lopes Jaime (Heelj) em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. A Polícia Civil está investigando o caso e se deve responsabilizar alguém.

O delegado Tibério Martins informou que a vítima, indentificada como Jayda Bento de Souza, de 26 anos, foi encontrada pelos colegas de trabalho, no horário em que deveria assumir o plantão na unidade.

“O pessoal abriu a porta do quarto [em que ela estaria] e ouviu a torneira ligada no banheiro. Bateram na porta, ela não respondia, então arrombaram e encontraram o corpo dela lá”, descreveu o delegado.

Tibério disse que, ao lado de Jayda, havia um frasco de remédio e uma seringa. De acordo com o delegado, o regime de trabalho da médica no local deve ser apurado, se há envolvimento de outra pessoa e se ela morreu em decorrência de um choque anafilático – uma reação alérgica grave que pode ser fatal.

O delegado contou que estava indicado no frasco um tipo de anestésico, que “é usado para regulagem do sono”, mas que a confirmação de qual substância pode ter sido usada pela médica e com qual intuito são objetos da investigação e dependem de resultados de perícia.

Questionado se há suspeita de que a médica estaria com sobrecarga de trabalho, o delegado disse que a questão também será apurada.

“Sobre o horário de plantão, circulou essa informação [de que a médica estaria trabalhando há 60 horas direto] pelas redes sociais, mas o hospital já desmentiu esta carga horária. Em todo caso, será apurado o regime de trabalho dela no ambiente hospitalar. […] Nós não descartamos nada nesse sentido, se com o andamento das investigações for informado que esse medicamento era de uso frequente dos médicos, aí teremos mais essa linha para apurar”, explicou.

As investigações devem contar com trabalho da Polícia Técnico-Científica para esclarecer o que realmente levou à morte da médica.

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