SÃO LUÍS – No próximo dia 23 de setembro, sexta-feira, a partir de 19h, as antigas instalações da Companhia de Fiação e Tecelagem de Cânhamo, transformada no Centro de Comercialização de Produtos Artesanais do Maranhão – CEPRAMA, receberá um autêntico “Samba de Botequim”.
Daqueles mesmos realizados no fundo dos quintais frutíferos, dos bares e quitandas madre-divinas que a gente ouve até hoje a poesia falar por aí; a roda estará formada e quem puxa o verso é o cantor e compositor Cesar Teixeira, inspirado no cheiro das flores de seu imenso jardim musical…
No capricho, Cesar Teixeira estará de volta aos palcos, muito bem acompanhado por um regional de primeira e recebendo as vozes potentes femininas de Rosa Reis, Célia Maria, Flávia Bittencourt, Lena Machado, Fátima Passarinho e Mairla Oliveira. Além da cadência ritmada da batucada original dos Fuzileiros da Fuzarca e o som platinado dos vinis da DJ Vanessa Serra compondo a atmosfera para a abertura da noite.
O Regional que acompanha Cesar Teixeira é formado pelo exímio instrumentista Rui Mário (sanfona e direção musical), Marquinhos Carcará (percussão), Tiago Fernandes (violão 7 Cordas), Chico Neis (violão), Gabriela Flor (pandeiro), Ronald Nascimento (bateria), Gustavo Belan (cavaquinho), Hugo (trombone), Ricardo (xax , clarinete e flauta), Daniel Cavalcante (trompete), Regina e Duda Saraiva (vocais).
O repertório escolhido está sob sigilo a sete chaves, mas já podemos imaginar um pouco do que virá, haja vista, a conspiração popular pelas emblemáticas composições de Cesar Teixeira que Papete gravou no álbum “Bandeira de Aço”, produzido pela Gravadora Marcus Pereira, em 1978; além de tudo do que mais existe já registrado nos álbuns solo, Shopping Brazil, de 2004, e Camapu, de 2018; a expectativa gira em torno das inéditas e do que estará fora de qualquer controle ou protocolo quando se fala do orgânico e visceral, Cesar Teixeira.
Ao longo de 53 anos de carreira, Cesar Teixeira mantém uma postura discreta e caminha um pouco às avessas do eixo midiático, mas fincado na história da Música Popular Brasileira. Em 1972, foi um dos fundadores do Laborarte. Destaca-se como compositor de sambas para a Turma do Quinto, da Madre Deus, e ao Pirata do Samba, de São João de Ribamar desde 1979. Em 2000 realizou o histórico show “Papel de Seda”, no Circo da Cidade, ao lado do Mestre Antônio Vieira. Em 2021, participou do Rumos Itaú Cultural, em São Paulo, tendo composições suas na coletânea de CDs do programa. Também participou do Projeto Brasil de Todos os Sambas, ao lado do Mestre Antônio Vieira, no CCBB, no Rio de Janeiro, em 2004, com as participações especiais da carioca Teresa Cristina e das maranhenses Rita Benneditto e Célia Maria. Em 2013, ele participou do Projeto BR 135 – Energia Musical, com o show “Bandeira de Aço 35 anos” no Teatro Arthur Azevedo.