A obesidade em crianças e adolescentes é multifatorial. Condições genéticas, individuais, comportamentais e ambientais podem influenciar no estado nutricional. O relatório público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional, com dados de pessoas acompanhadas na Atenção Primária à Saúde, apontou que, até meados de setembro de 2022, mais de 340 mil crianças de 5 a 10 anos foram diagnosticadas com obesidade.
Em 2021, a APS diagnosticou obesidade em 356 mil crianças dessa mesma idade. Atualmente, a região Sul possui 11,52% de crianças obesas nessa faixa etária, maior índice do País. Em seguida aparecem as regiões Sudeste, com 10,41%; Nordeste, com 9,67%; CentroOeste, com 9,43%; e Norte, com 6,93% das crianças acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na região.
A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) reconhece a obesidade como um problema de saúde pública. Por ser multifatorial, a doença exige intervenções integradas de diversos setores, além da saúde, para deter o avanço e garantir o pleno desenvolvimento durante a infância.
O Ministério da Saúde orienta que sejam prioritárias as ações de promoção da alimentação adequada, de prevenção da obesidade e intervenções para a construção de ambientes alimentares mais saudáveis. Ações multissetoriais são trabalhadas pela Pasta, com o objetivo de qualificar a atenção às pessoas com obesidade atendidas no SUS. Entre elas estão:
– Estratégia Nacional de Prevenção e Atenção à Obesidade Infantil.
– Instrutivo para o Cuidado da Criança e do Adolescente com Sobrepeso e Obesidade no âmbito da APS
– Protocolos de uso do guia alimentar para a população brasileira na orientação alimentar de crianças de 2 a 10 anos
– Protocolos de uso do guia alimentar para a população brasileira na orientação alimentar da pessoa na adolescência
– Atlas da Obesidade Infantil no Brasil