A 1ª Promotoria de Justiça de Rosário ofereceu denúncia nesta terça-feira, 4, contra César Adriano Correia Mendes, vulgo “César Show” ou “Farofinha”, e Daniel Dias Gabriel pela prática de crime de estupro e estupro de vulnerável contra adolescentes do município de Bacabeira.
Conforme o inquérito policial que fundamentou a denúncia, César Adriano foi contratado neste ano para atuar em escolas públicas de Bacabeira como professor de dança, organizando ensaios de festas juninas, quando criou grupos em aplicativos de mensagem. Após obter o contato dos alunos, utilizou-se de uma das alunas para convencê-los a enviar fotos nuas ou se masturbando. De posse de tal material, o denunciado passou a chantageá-los, ameaçando publicar as imagens, caso não tivessem relação sexual com ele.
Ao todo, foram 12 vítimas de César. Já o denunciado Daniel Dias chegou a participar dos encontros, inclusive utilizando arma de fogo, e teve relação sexual com dois menores de 14 anos. Ele está preso há cerca de um mês.
O Ministério Público do Maranhão, por meio da titular da 1ª Promotoria de Rosário, Maria Cristina Lobato Murillo, pediu a condenação dos acusados pelo crime de estupro em relação a cada uma das vítimas, com o acréscimo da continuidade delitiva pela reiteração da conduta criminosa.
Também foi requerida a condenação pelo artigo 28 do Código Penal e 244 do ECA, por envolver aluna menor de idade para persuadir as vítimas.
O CASO
No dia 26/08 deste ano, uma operação da Polícia Civil desarticulou um grupo criminoso voltado à exploração sexual de crianças e adolescentes, na cidade de Bacabeira – distante 60 km de São Luís.
Conforme a polícia, os membros da organização produziam vídeos mantendo relação sexual com menores de idade. Logo depois armazenavam o material e divulgavam.
Ainda segundo as investigações, as vítimas eram geralmente abordadas nas escolas. Um dos capturados em cumprimento de mandado de prisão é professor de dança, de 33 anos, que, por meio da atividade, tinha acesso às unidades de ensino onde estudavam as vítimas, que em sua maioria eram do sexo masculino. O suspeito não teve a identidade divulgada na época.
Caso elas tentassem dar fim aos abusos sexuais, de acordo com a polícia, as vítimas eram ameaçadas de terem seus vídeos divulgados nas redes sociais.
Os adolescentes prestaram depoimento na sede da delegacia de Bacabeira. O caso segue sob investigação para identificar outros possíveis envolvidos no crime.