Anac suspende a operação de aviões em Fernando de Noronha

A medida será mantida até que o operador aeroportuário demonstre o cumprimento das determinações definidas pela Agência

Fonte: Da redação com Agências

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) proibirá a operação da maioria das aeronaves que pousam no Aeroporto de Fernando de Noronha, em Pernambuco, a partir de 12 de outubro. Segundo a Anac, a restrição será para os pousos de aviões com motores à reação (turbojatos) e foi necessária porque o aeroporto precisa passar por obras.

O governo de Pernambuco informou que os serviços de recuperação emergencial da pista de pouso e decolagem no aeroporto de Noronha começaram a ser feitos, com previsão de conclusão em 60 dias. Além disso, afirmou que foi notificado e seguirá as determinações da Anac.

Devido à medida, que ainda será publicada no Diário Oficial da União, o governo de Pernambuco, as companhias aéreas que operam na ilha e a empresa responsável por administrar o aeroporto foram notificadas.

O que diz a Anac?
A Anac informou que determinou a restrição parcial das operações aéreas em Fernando de Noronha, com a proibição de pouso de aeronaves com turbojatos, como o Boeing 737 da Gol e o Airbus A320 ou Embraer E1 e E2 da Azul, a partir de 12 de outubro. A Agência destacou que não estão incluídos nessa restrição as aeronaves turboélice como os modelos ATR72 e Caravan, operadas pela Azul e pela VoePass.

A Agência informou que monitora as condições operacionais da pista do aeroporto de Fernando de Noronha há 3 anos, quando identificou uma degradação em nível médio de severidade. Como foram feitas apenas intervenções paliativas, uma análise de segurança indicou o comprometimento funcional da superfície do pavimento, que pode apresentar desprendimento quando submetido a esforços durante a operação de aeronaves turbojato. A desagregação extrema do material pode causar ingestão e danos aos motores, além de possíveis danos na fuselagem e pneus das aeronaves. As consequências são mais acentuadas quando relacionadas à operação de aeronaves turbojato, por isso a restrição a esses modelos.

Ainda de acordo com a Anac, a medida será mantida até que o operador aeroportuário demonstre o cumprimento das determinações definidas pela Agência. São exceções apenas operações de emergência médica ou de transporte de valores realizadas mediante prévia coordenação com o operador aeroportuário, bem como de aeronaves turboélice.

A Anac destacou ainda que tem mantido constante diálogo com as empresas aéreas que atuam no aeroporto, a fim de mitigar transtornos aos passageiros, e que segue monitorando a assistência dada aos mesmos pelas companhias

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